Com informações da Agência Estado
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciou nesta segunda-feira 23/10), que os 12 detidos por suspeita de incendiar ônibus, BRTs e trens na cidade serão mandados para outros Estados, em presídios federais, por praticarem "ações terroristas". Ao menos 35 coletivos foram incendiados na Zona Oeste do Rio de Janeiro, segundo o sindicato que reúne as empresas de ônibus da capital.
O custo estimado pelos incêndios, por enquanto, é de R$ 35 milhões, prejuízo que vai sair do bolso do passageiro diretamente e indiretamente, com a redução da oferta de serviço. Segundo o sindicato das empresas de ônibus, esse já é o maior ataque a ônibus da história do Rio. São 20 de linhas municipais, cinco do BRT e dez avulsos, de fretamento. Também foi colocado fogo em um trem.
A Polícia Civil diz que os ataques foram praticados por um grupo de milicianos em represália à morte de Matheus da Silva Rezende, que era conhecido com Faustão ou Teteu, durante confronto com policiais civis numa favela de Santa Cruz, bairro da zona oeste. "Eles estão presos por ações terroristas e, por isso, estarão sendo enviados para presídios federais", disse o governador.
PROMESSA DE PUNIÇÃO SEVERA
Presos acusados de participação em atos terroristas são levados a presídios federais de segurança máxima devido à alta periculosidade. O entendimento das autoridades é que, em razão do perfil desse tipo de criminoso, se ele permanecer no sistema carcerário estadual poderá manter contato com outros integrantes da facção da qual faz parte.
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Cláudio Castro disse que os ataques não puderam ser combatidos previamente porque não tiveram coordenação, então não foram descobertos pelas equipes de inteligência da polícia. "Hoje nós demos um duro golpe numa das maiores milícias da Zona Oeste do Rio", afirmou.
O governador declarou também que a polícia "não vai sossegar" enquanto não prender os três maiores milicianos do Rio, conhecidos pelos apelidos de Zinho, Tandera e Abelha. "A grande prova de que estamos no cerco é essa reação descomum que eles estão fazendo", disse o governador.
Castro também atacou a atuação das milícias. "Me solidarizo com a população. É triste que criminosos usem a população de escudo. É a própria população, que alguns deles dizem defender, que é atacada em um momento desses", disse.