O termo genocídio (do grego genos – tribo, raça; e do latim cide – matar) foi usado pela primeira vez em 1944, no auge da Segunda Guerra Mundial, pelo jurista polonês Raphael Limkin (1900–1959) quando iniciava uma longa jornada de criação de leis internacionais que punissem quem cometesse crimes de extermínio deliberado de uma comunidade, de um grupo ou de um povo, como ocorreu, por exemplo, contra os judeus.
Ouvindo no fim de semana, comentários do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que associou o Exército brasileiro ao genocídio, referindo-se à desordem administrativa do governo federal, no enfrentamento da pandemia do coronavírus, parece que sua excelência tinha uma recado a dar, mas acabou eliminando o portador do comunicado.
Qualquer pessoa em sã consciência há de concordar que o presidente Jair Bolsonaro está devendo ao país uma ação organizada para enfrentamento da pandemia. Seja no sentido de preservar vidas, seja para garantir empregos. Mas considerar que está uma marcha um genocídio, como se houvesse deliberada ação para eliminar brasileiros, aí é forçar a barra.
As declarações do ministro do STF provocaram duras reações por meio de notas, mas a ameaça do Ministério da Defesa de apelar à Procuradoria-Geral da República para responsabilizar Gilmar Mendes é o caminho mais curto afim de se ouvir do ministro o que ele quis dizer com genocídio.
Agora, é bem verdade que o ministro Fernando Azevedo e Silva bem que poderia fazer uma assembleia, reunir os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica e debater o papel que as Forças Armadas querem desemprenhar na atual conjuntura. Duvido que os militares se limitem a serem confundidos com cargos de confiança no atual governo.
Pense nisso!
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