Os bastidores da política nacional, com Romoaldo de Souza

Política em Brasília

Por Romoaldo de Souza
OPINIÃO

Ministro da Saúde do Brasil nem faz milagre fora do governo nem entre as autoridades do Palácio do Planalto

O "profeta" Marcelo Queiroga pode até vir a ser ovacionado pela população se de fato ele conseguir os imunizantes que todo dia ele promete. Mas se ele pegar o presidente pelo braço e lhe aplicar a dose da vacina, aí o ministro da Saúde estaria fazendo um bem tão grande ao país. Leia a opinião de Romoaldo de Souza

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Romoaldo de Souza

Publicado em 04/05/2021 às 7:42 | Atualizado em 04/05/2021 às 7:43
Marcelo Queiroga, ministro da Saúde - MARCLLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

Um ditado popular, que teve início numa referência bíblica, diz que “santo de casa não faz milagre”, não é isso? Quando as pessoas não costumam dar valor ao que têm por perto? Pois Marcos, o evangelista (6:4), escreveu que certa vez Jesus teria feito uma pergunta: [Será que] “Somente em sua própria terra, junto aos seus parentes e em sua própria casa, é que um profeta não é devidamente honrado?”

Esse ditado popular e a passagem narrada no Evangelho me fazem lembrar que o ministro da Saúde do Brasil nem faz milagre fora do governo nem entre as autoridades do Palácio do Planalto.

O ministro disse que os brasileiros devem se preparar “para a chegada de milhões de doses de vacinas contratadas para imunizar metade da população brasileira até o fim deste ano”. Esse será o milagre de Marcelo Queiroga, se na virada do ano pouco mais de 100 milhões de brasileiros já tiverem tomado as duas doses do imunizante.

Já o milagre que o ministro da Saúde não consegue operar dentro do próprio governo, de jeito nenhum, é fazer com que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seja imunizado contra o vírus. Esse milagre o ministro ainda não conseguiu.

Mas o que é de se esperar de um governo em que um ministro de Estado, general da reservado do Exército brasileiro, vai tomar a vacina escondido do chefe?

O “profeta” Marcelo Queiroga pode até vir a ser ovacionado pela população se de fato ele conseguir os imunizantes que todo dia ele promete. Mas se ele pegar o presidente pelo braço, como quem pega um menino teimoso, e lhe aplicar a dose da vacina, aí o ministro da Saúde estaria fazendo um bem tão grande ao país.

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