Seja o valor de R$ 7 bi, conforme determinou o Congresso Nacional, numa votação vergonhosa, sem que os parlamentares deixassem a digital, seja de R$ 3 bi, como está sendo articulado com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas a sociedade precisa discutir como deve ser o financiamento das campanhas eleitorais. O que não é aceitável é que o eleitor/contribuinte seja chamado somente na hora em que lhe é pendurada a conta. O debate faz-se necessário.
O professor Adriano Oliveira, docente associado da Universidade Federal de Pernambuco, escreveu no seu perfil no Twitter que “a crítica ao montante do fundo eleitoral desconhece a dinâmica eleitoral” e arremata, que “em um país de tanta carência social, é absurdo o valor destinado ao fundo”.
Com razão, o acadêmico pernambucano chama a atenção para a latente desigualdade social e uma saída seria abrir mão de “astronômica quantia”, nas palavras de Bolsonaro, para custear as despesas dos candidatos. Mas também é fundamental debater o porquê dessa modalidade de financiamento.
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Num passado não muito distante, congressistas chegaram à conclusão de que afastando a iniciativa privada do financiamento das eleições, colocariam uma pedra sobre a corrupção. Não funcionou e tem pouca chance de funcionar.
Sobra sempre para o contribuinte. É assim que o Estado pagar suas vultosas despesas.
Pense nisso!