O Auxílio Brasil, o Bolsa Família remodelado, está praticamente pronto para ser votado no Congresso Nacional e é hora de dizer que se o governo acerta e acerta em muitos pontos do novo programa social, carregou a mão em um item que deputados e senadores precisam analisar criteriosamente.
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O benefício vai permitir que quem receber o auxilio poderá comprometer até 30% do valor para pagamento de empréstimo consignado. Imagine um pai de família que vá receber R$ 300 por mês, até R$ 90 poderão ser utilizados para quitar prestações do adiantamento. É uma boa e ao mesmo tempo uma má notícia.
Começando pela boa. Caso o beneficiário empregue bem o dinheiro que tomar emprestado, ele poderá adquirir equipamentos e bens para incrementar um negócio caseiro, dar entrada na compra de máquinas para melhorar a qualidade do trabalho que desenvolve.
Agora, a má notícia é que sem um necessário esclarecimento para evitar desperdício, comprometer 1/3 do benefício que recebe para pagar um empréstimo pode transformar a dívida numa roleta sem fim. E empréstimo a gente sabe sempre como começa. Mas é sempre muito difícil pôr um ponto final, principalmente num país onde a maioria das pessoas nunca teve educação financeira, uma orientação sobre dívidas, endividamento, juros, comprometimento de rendimentos.
Pense nisso!