Chegamos ao fim de semana, possivelmente, nos dias mais turbulentos, tanto do ponto de vista político, como econômico e, certamente, fiscal que a República viveu nos últimos anos.
Começamos com a CPI da Pandemia, no Senado Federal, pedindo 68 indiciamentos de autoridades como o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), ministros de Estado, ex-ministros, senador, deputados e empresários. No início, o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), carregou nas tintas e nos adjetivos, e teve de ser contido para que o documento da comissão fosse mais fiel às investigações e menos “caça às bruxas”. O texto será votado na próxima semana.
No Palácio do Planalto, assessores políticos do governo entraram em pé guerra com integrantes da equipe Econômica. O motivo do embate foi o valor que será pago pelo Auxílio Brasil, programa social que vai substituir o Bolsa Família. De olho nas eleições de 2022 e com a popularidade do presidente em ligeiro declínio, a ala política peitou a econômica e cravou R$ 400 por mês no benefício. O resultado foi a debandada de quatro secretários da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes (Bruno Funchal, secretário de Tesouro e Orçamento e a secretária adjunta, Gildenora Dantes; Jefferson Bittencourt, secretário do Tesouro Nacional e o secretário-adjunto, Rafael Araújo).
Na Câmara dos Deputados, tivemos a improvável união de petistas e bolsonaristas que se deram às mãos para arrochar a fiscalização do Ministério Público. A empreitada só não terminou com êxito porque faltaram votos e a chamada PEC da Vingança foi rejeitada.
Que seu fim de semana seja leve, mas se prepare: a conta de todas essas estrepolias políticas, fiscais e econômicas já está chegando.
Pense nisso!