Quem vai se esquecer da velha e surrada alerta quando uma criança estava prestes a cometer uma traquinagem: “menino, tu vai te machucar… Depois não venha me dizer que eu não avisei”!
Na próxima semana, prefeitos das principais cidades do país desembarcam em Brasília, claro, quase todos eles, vindos de avião, mas eles chegam à capital federal para tentar achar um jeito de desmontar uma bomba que está prestes a explodir.
Os prefeitos querem repassar um problema que é deles para o governo federal, ao Congresso Nacional e, consequentemente, ao bolso do contribuinte que paga imposto. O transporte público no país pede socorro. A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) estima que o setor está vivendo a maior crise dos últimos 30 anos.
Segundo as prefeituras, houve uma combinação de três fatores que vão além da administração pública: a pandemia reduziu o número de passageiros, a dificuldade de repassar custos para os preços das passagens e os sucessivos aumentos no preço do óleo diesel.
De acordo com Edvaldo Nogueira, prefeito de Aracajú (SE), presidente da FNP “se não houver nenhuma medida para aliviar os custos, com certeza haverá aumento de tarifa e isso [o possível aumento] poderá ser o estopim de uma crise política, financeira e social sem precedentes”, resumiu.
Ou seja, o Executivo municipal vai jogar a bomba no colo de deputados e senadores e do Executivo Federal, mas o boleto para pagar o aumento tem destino certo: o consumidor!
Pense nisso!