O PT vai para o tudo ou nada na tentativa de convencer Ciro Gomes (PDT) a desistir da disputa presidencial. Até aqui, Ciro tem dado de ombros para as investidas dos interlocutores do Partido dos Trabalhadores. A expectativa dos petistas é de migrar os votos do ex-governador do Ceará e com isso, turbinar a dianteira que Lula (PT) mantém de Jair Bolsonaro (PL) e liquidar a fatura ainda no primeiro turno.
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Ocorre que na calculadora de Ciro Gomes - que é bom de números [embora nem sempre confiáveis] - consta cerca de 10% dos votos dados a Lula que poderiam migrar para o candidato do PDT, porque são de eleitores que não aceitariam votar em Bolsonaro.
Da mesma forma, no raciocínio do pedetista, perto de 12% de quem diz que vai votar no atual presidente só o faz para não votar em Lula. Nessa matemática, Ciro acredita que seria a alternativa de terceira via e por isso não abre espaço na agenda para o que ele chamou de “investida sem sucesso”.
Até aqui, a única garantia que os aliados de Lula têm recebido é de que, num eventual segundo turno, Ciro Gomes e Lula estarão lado ao lado. Quatro anos atrás, ele abandonou Fernando Haddad (PT) e foi passear em Paris, enquanto o petista era derrotado por Bolsonaro.
Pense nisso!