Os bastidores da política nacional, com Romoaldo de Souza

Política em Brasília

Por Romoaldo de Souza
ROMOALDO DE SOUZA

Governo não tem dinheiro para bancar auxílio de R$ 600 em 2023 e estuda medidas adotadas na pandemia; entenda

Em meio à campanha eleitoral, o benefício passou de R$ 400 para R$ 600 mensais, mas o cobertor é curto

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Romoaldo de Souza

Publicado em 02/09/2022 às 8:34
NOVO CALENDÁRIO DO AUXÍLIO EMERGENCIAL - Reprodução.

Sem dinheiro em caixa para bancar o Auxílio-Brasil no valor de R$ 600 a partir de 2023, o governo estuda medidas como as que foram adotadas durante a pandemia causada pela covid-19 e pode prorrogar o estado de emergência.

É aquela história. Em meio à campanha eleitoral, o benefício passou de R$ 400 para R$ 600 mensais, mas o cobertor é curto, os recursos no orçamento da União não são suficientes e o jeito foi reduzir a estimativa de gastos. Em vez dos R$ 600, R$ 405. É este o valor [R$ 405] que está no orçamento. O resto é promessa.

Se bem que promessas não têm faltado nessas eleições. Agora, o ministro da Economia, Paulo Guedes, o mesmo que encaminhou o orçamento ao Congresso com a previsão de reduzir o Auxílio-Brasil para R$ 405, diz que "Se a guerra da Ucrânia continua, prorroga o estado de calamidade [emergência] e paga os R$ 600. Agora, se acabou a guerra e precisa de uma solução estrutural permanente, ora, a Câmara já aprovou o imposto sobre lucros e dividendos”.

Ocorre que Paulo Guedes fala como se fosse ele o futuro ministro da Economia. Para que isso ocorra, Guedes vai ter de torcer pela reeleição de Jair Bolsonaro (PL) e acender uma vela para que ele seja reconduzido ao cargo.

Pense nisso!

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