Sem dinheiro em caixa para bancar o Auxílio-Brasil no valor de R$ 600 a partir de 2023, o governo estuda medidas como as que foram adotadas durante a pandemia causada pela covid-19 e pode prorrogar o estado de emergência.
É aquela história. Em meio à campanha eleitoral, o benefício passou de R$ 400 para R$ 600 mensais, mas o cobertor é curto, os recursos no orçamento da União não são suficientes e o jeito foi reduzir a estimativa de gastos. Em vez dos R$ 600, R$ 405. É este o valor [R$ 405] que está no orçamento. O resto é promessa.
Se bem que promessas não têm faltado nessas eleições. Agora, o ministro da Economia, Paulo Guedes, o mesmo que encaminhou o orçamento ao Congresso com a previsão de reduzir o Auxílio-Brasil para R$ 405, diz que "Se a guerra da Ucrânia continua, prorroga o estado de calamidade [emergência] e paga os R$ 600. Agora, se acabou a guerra e precisa de uma solução estrutural permanente, ora, a Câmara já aprovou o imposto sobre lucros e dividendos”.
Ocorre que Paulo Guedes fala como se fosse ele o futuro ministro da Economia. Para que isso ocorra, Guedes vai ter de torcer pela reeleição de Jair Bolsonaro (PL) e acender uma vela para que ele seja reconduzido ao cargo.
Pense nisso!