Hoje eu quero prestar uma homenagem a Briner Bitencourt, um jovem de 22 anos, que sonhava ganhar espaço nas redes sociais como “influencer”, gostava de fazer demonstração com sua moto de 125cc enquanto juntava dinheiro para comprar uma casa para a família.
Briner era devoto da Virgem Aparecida e se preparava para ir à igreja, no 12 de outubro de 2021, em Palmas (TO), quando a polícia chegou na casa em que morava com outras pessoas, deu um baculejo, os policiais encontraram uma estufa com plantas de maconha que Briner jurava não serem suas. Mas que nada. Foi levado mesmo assim para a cadeia.
O advogado do motoboy passou exatamente um ano, 365 dias, juntando provas para mostrar a inocência de Briner. Até que finalmente conseguiu. A Justiça emitiu o alvará de soltura, mas o documento só chegou ao cárcere um dia depois. Já era tarde, Briner Bitencourt tinha morrido.
Ele fazia parte das estatísticas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que apontam a existência de cerca de 400 mil presos provisórios, aguardando julgamento. Esse número representa quase a metade da população carcerária.
Alguma coisa precisa acontecer no Brasil para corrigir esse tipo de injustiça de um preso pobre passar um ano tentando provar a inocência enquanto outros, nem sempre tão inocentes assim, têm sessões extraordinárias em tribunais superiores para agilizar seu julgamento.
Pense nisso!