Obrigatoriedade do uso de câmera corporal por agentes policiais divide opiniões no Congresso Nacional

Leia a coluna Política em Brasília
Romoaldo de Souza
Publicado em 01/08/2023 às 22:35
A Operação Escudo começou após o assassinato do policial Patrick Bastos Reis Foto: DIVULGAÇÃO/PMSP


O governo do Estado de São Paulo contabiliza 14 mortes na Baixada Santista, durante ação iniciada após o policial da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), Patrick Reis, ser assassinado na quinta-feira (27) no Guarujá, supostamente a mando de traficantes da Vila Júlia.

A coluna ouviu dois parlamentares a respeito do uso da câmera corporal.

DESCONFIANÇA — “O policial tem que ter o respaldo do Estado. A partir do momento em que o policial coloca uma câmera para monitorar a sua ação [o Estado] está dizendo que não confia nesse policial. Não é justo que o policial porte arma, dada pelo Estado, receba formação, mas o Estado fica desconfiando de sua ação”. Deputado Alberto Fraga (PL-DF).

SEGURANÇA — “Quando fui presidente da Comissão de Direitos Humanos [2021] acompanhei diversos casos e ouvi relatos impactantes da população preta e pobre do nosso país. A medida de instalação das câmeras é necessária como uma forma de controle da atividade policial e até como proteção do próprio agente que atua de acordo com a Constituição Federal”. Deputado Carlos Veras (PT-PE).

CONGRESSO VAI AO SFT POR PISO DA ENFERMAGEM COM “PLENA APLICAÇÃO”
O enredo da novela do processo que culminou com aprovação do piso da enfermagem pelo Congresso Nacional está muito, mas muito longe, mesmo, de ter um “happy end”. “Estamos buscando a aplicação plena e imediata daquilo que foi decidido pelo Congresso Nacional em relação à enfermagem do Brasil”, disse o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para quem “é imperativo fazer uma contestação da decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal”, que permite regras diferenciadas para profissionais das redes públicas e privadas.

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS
O STF decidiu que a implementação do piso para a iniciativa privada ainda deve passar por negociação entre funcionários e patrões. Não havendo acordo, os valores deverão prevalecer somente após o prazo de 60 dias. De acordo com o que foi aprovado por deputados e senadores, o piso nacional fixado foi de R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares e parteiras.

JANTAR COM CRISTIANO ZANIN SAI POR R$500
… Mas não basta querer, tem de ter o aval do futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) para um jantar que a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) está promovendo. No “all inclusive” de Zanin tem comida e bebida à vontade. Um show com uma banda que embala os corações apaixonados de Brasília, mas o detalhe mais importante não é nem o preço do ingresso. “Até aqui já me convenci que, mesmo salgado, o preço é justo. O danado é que meu nome foi lá para ser submetido pelo [futuro] ministro e até agora não me autorizaram comprar o ingresso”, confidenciou à coluna, um magistrado da Justiça do Brasil. Zanin toma posse nesta quinta-feira (3).

SELO EMPRESA AMIGA DA AMAMENTAÇÃO
Empresas que incentivarem direitos da empregada lactante, que mantiverem ambiente reservado para amamentação ou coleta de leite materno, entre outros, poderão receber o selo, conforme prevê projeto da deputada Iza Arruda (MDB-PE). “É um incentivo para promover a cultura de apoio à amamentação e oferecer um ambiente propício para as mães que desejam amamentar seus bebês sem nenhum constrangimento”, diz a parlamentar. Agosto é o Mês do Aleitamento Materno para que a sociedade dê importância à amamentação. O mês é conhecido como Agosto Dourado, para ressaltar “o padrão ouro de qualidade” do leite materno.

“OPEN” PASTEL E CALDO DE CANA
Pioneira no ramo do pastel e caldo de cana, o “prato” típico dos brasilienses, uma pastelaria na rodoviária do centro da cidade mandou um recado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “A partir de agora, e por quanto tempo quiser, o senhor terá direito a pastel e caldo nas nossas dependências”. Em um quiosque movimentado onde passam cerca de 800 mil passageiros por dia, a dupla custa R$ 8,00. A oferta foi feita depois que o ex-presidente agradeceu apoiadores pelos R$ 17 milhões recebidos por meio do Pix para pagar multas estipuladas pela Justiça. “[A vaquinha] dá para pagar minhas contas e sobra para tomar caldo de cana”, disse o ex-presidente.

É MARKETING PURO
Já o empresário jura que não tem interesse político na oferta. Há mais de 50 anos no ramo de caldo de cana e pastel - muitos deles bem “gourmetizados,” como o que vem recheado com pequi ou carne de bode - o empresário jura que não votou no candidato do PL. “Acho que anulei meu voto. Nem lembro em quem votei”, garante.

 

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