LULA, MÃOS DO TESOURO
R$ 5,6 bi do estoque das emendas parlamentares passaram pela “tesoura” do presidente Lula da Silva (PT), ao sancionar o orçamento da União de 2024.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), assegurou que o Planalto não teme reação dos parlamentares porque o motivo é de “celebração. “Esse veto foi, unicamente, em decorrência de um circunstância, que tanto governo quanto Congresso têm que celebrar: a queda da inflação”, afirmou.
NÃO DIGA QUE NÃO AVISEI
A coluna apurou que já em dezembro, o governo tinha informado o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), advertindo que como “o cobertor é curto”, parte dos recursos reservados para as emendas de comissão seriam “sacrificadas”. Lira não avisou aos colegas.
O OUTRO LADO
Vitaminado com recentes vitórias contra o governo, o Congresso Nacional poderá derrubar o veto do presidente a parte das emendas, como advertiu o relator do orçamento, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP)
"Isso do veto é o que vamos tentar construir até a próxima sessão do Congresso. Logicamente, se não achar solução, objetivo dos parlamentares é logicamente derrubar o veto", disse.
O PT E A ‘KRISTALLNACHT’
As declarações do “mensaleiro” José Genoino (PT), propondo um boicote a empresas de judeus, foi apresentada como “Uma forma interessante” segundo o ex-presidente da legenda.
“Essa ideia da rejeição, essa ideia do boicote por motivos políticos que ferem interesses econômicos é uma forma interessante. Inclusive, tem esse boicote em relação a determinadas empresas de judeus”, defendeu Genoino.
Os petistas que apoiam seu ex-presidente e aqueles que se calam diante das declarações de José Genoíno se esquecem da onda de violência anti-semita que ocorreu entre 9 e 10 de novembro de 1938. Kristallnacht (inúmeros cacos de vidro) significa “Noite dos Cristais,” resultado de ataques violentos às sinagogas, às casas e às propriedades de judeus.
COBRANÇA INDIGENISTA
A deputada Célia Xakriabá (Psol-MG) encaminhou ofício ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, sobre ações “não muito claras” das Forças Armadas, no território do povo Yanomami, incluindo “a entrega contínua e periódica de cestas básicas”.
A presidente da Comissão da Amazônia e Povos Originários da Câmara cobrou a “existência de um cronograma a ser cumprido, com respectivos quantitativos, na entrega de cestas básicas? Se a resposta à questão for positiva, solicitamos a apresentação do mesmo”.
A líder do povo Xakriabá tentou, sem sucesso, entregar o ofício do presidente Lula da Silva.
PENSE NISSO!
Um ditado popular “importado” da terra de Luís de Camões (1524-1580) se refere a uma pessoa lisa como alguém que “não tem dinheiro nem para fazer cantar um cego na esquina”.
No Congresso Nacional, o governo do PT é tido como um “perdulário” que não tem onde cair morto. É só analisar como deputados e senadores se comportaram na derrubada de vetos do presidente da República.
Ontem, após reunião a portas fechadas, o Planalto informou que o presidente deu uma tesourada nas emendas parlamentares, escolhidas pelas comissões.
Como Lula não tem formada maioria para resistir à pressão de parlamentares, principalmente quando o assunto é veto a verbas, o governo pode ficar só solfejando notas músicas, na esquina da praça dos Três Poderes.
Pense Nisso!?