Os bastidores da política nacional, com Romoaldo de Souza

Política em Brasília

Por Romoaldo de Souza
Romoaldo de Souza

Senado não deve ser negligente com votação da PEC da anistia aos partidos

Jair Bolsonaro disse a um grupo de parlamentares que tem tido dificuldade para agendar encontros com candidatos do PL, sem Valdemar Costa Neto

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JC

Publicado em 12/07/2024 às 22:08
Senador Rodrigo Pacheco defende uma renegociação das dívidas dos estados - Jefferson Rudy

DE MALA E CUIA
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), desembarcou com um séquito de assessores e familiares na “Capital Pernambucana do Café”. Taquaritinga do Norte, que já organizava anualmente o “Festival Café Cultural,” cedeu o know-how ao Palácio do Campos das Princesas para que a gestora tucana abrisse o “Festival Pernambuco Meu País”.

NEM TUDO FOI CAFÉ
Enquanto bebericava um gostoso café - como é tradição na cidade - a governadora era seguida de perto por um protesto do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Simpol). Em carta à população, um grupo de manifestantes divulgava carta assinada quando era candidata, se comprometendo a “promover uma real valorização salarial”. O presidente da entidade, Áureo Cisneiros, disse à coluna que “por enquanto, ficaram só na promessa, as reivindicações da categoria que ela [Raquel Lyra] tinha se comprometido”.

NÃO CONTEM COMIGO
A PEC (Proposta de Emenda Constituição) de rolagem - a perder de vista - da dívida dos partidos políticos chega ao Senado, embalada por desconfiança. O presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) negou “pressa” para agilizar e atropelar o regimento como fez o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). “Não há de minha parte nenhum tipo de compromisso de ir imediatamente ao plenário do Senado com qualquer tipo de açodamento. Inclusive, cuidarei de adotar em relação ao que o regimento determina, que é o encaminhamento à comissão própria,a qual é a CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], para avaliação”, prometeu.

PERNAMBUCO UNIDO
Na traquinagem dos partidos políticos - exceto Novo, Psol e Rede Sustentabilidade - a maioria esmagadora dos 25 deputados federais da bancada de Pernambuco votou pela legalização da proposta que, na prática, perdoa dívida das legendas com a Justiça Eleitoral e até a Previdência Social. Somente Clodoaldo Magalhães (PV), Coronel Meira (PL), Mendonça Filho (União Brasil) e Túlio Gadelha (Rede) votaram contra a proposta.

TÊTE-À-TÊTE
O deputado Alexandre Ramalho (PL-RJ) vai ficar diante de ex-colegas da Polícia Federal, de onde o bolsonarista está licenciado, para esclarecer à corporação as motivações políticas e ideológicas que o levaram a capitanear uma “absurda empreitada” de colocar a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) a serviço de um esquema de arapongagem para espionar adversários do então presidente Jair Bolsonaro (PL). Ramagem chamou de “rasas conjecturas”, o relatório de colegas da Polícia Federal.

INCHANDO A MÁQUINA
O Conselho Diretor da Petrobras ganha mais um indicado pelo governo do presidente Lula da Silva (PT). O ex-secretário de Assuntos Jurídicos do Planalto, Wellington César Lima vai passar a responder pela advocacia-geral da estatal. O cargo não lhe dá direito a voto.

PENSE NISSO!
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, fez chegar ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, um pedido de audiência para reivindicar revogação da medida que o afasta do ex-presidente Bolsonaro.

A alegação de Valdemar é de que “nos próximos dias”, o partido estará em campanha municipal e “em uma ou outra ocasião” vai ser impossível cumprimir a determinação do STF de que os dois não poderão manter contado.

O PL tem sentido que esse distanciamento de ambos só enfraquece a “política de multiplicação do número de candidatas” nas disputas municipais de outubro.

Será!
Pense nisso!

 

 

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