Acusado de assassinar a estudante Remís Costa vira réu

Publicado em 22/01/2018 às 7:00
Foto: Remís Costa foi morta pelo namorado após uma discussão. Ele confessou o crime. Foto: Internet/Reprodução


Remís Costa foi morta pelo namorado após uma discussão. Ele confessou o crime. Foto: Internet/Reprodução O auxiliar de pedreiro Paulo César de Oliveira Silva, de 25 anos, acusado de assassinar a estudante de pedagogia Remís Carla Costa, 24, vai para o banco dos réus. A Justiça acatou denúncia do Ministério Público de Pernambuco na última sexta-feira (19). Paulo vai responder por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, sem chance de defesa da vítima e feminicídio) e ocultação de cadáver. Ele continua preso preventivamente no Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima. O Ronda JC teve acesso à decisão do juiz Ernesto Bezerra Cavalcanti, da 1ª Vara do Júri da Capital. No relatório, ele descreveu como foram os últimos momentos de vida da estudante Remís Costa. "Por volta das 16h do dia do ocorrido (17 de dezembro), a vítima informou que iria para a casa de sua mãe e levaria consigo o celular no acusado, visto que ele quebrara o dela, no mês anterior. Em face disso, o denunciado argumentou que pagaria outro celular, tendo a vítima insistido que levaria o celular dele. Por esse motivo banal, o casal iniciou uma discussão, tendo o autuado colocado a mão no pescoço da vítima, apertando com força, dificultando qualquer forma de defesa. Ao invés de providenciar socorro, o imputado concluiu que havia matado a vítima e saiu de casa, retornando na madrugada do dia seguinte, ocasião em que enterrou o corpo da vítima no quintal." O magistrado deu dez dias para que o auxiliar de pedreiro apresente defesa. Também determinou que ele continue preso preventivamente. "Observo que a extrema violência com que o fato foi praticado demostra alta periculosidade do denunciado", concluiu Cavalcanti. A Justiça ainda vai definir a data da primeira audiência de instrução e julgamento do acusado, quando serão ouvidas as testemunhas de defesa e acusação. Essa é a primeira etapa para definir, ao final, se o réu irá ou não a júri popular. O CASO Namorado de Rémis Costa teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Foto: Polícia Civil/Divulgação Após quase uma semana de buscas, o corpo de Remís Costa foi encontrado numa cova rasa, a poucos metros da residência dele, no bairro da Caxangá, em 23 de dezembro de 2017. O namorado dela, Paulo César, foi preso em flagrante no mesmo dia, escondido na casa dos pais, na cidade de Vicência, Interior de Pernambuco. Em depoimento à polícia, o acusado afirmou que o crime foi praticado após uma discussão entre o casal por causa de um celular. Paulo César afirmou que agiu sozinho. Ele foi indiciado no início deste mês. A Polícia Civil de Pernambuco chegou a anunciar uma reprodução simulada com a presenta do acusado e de testemunhas, mas o procedimento ainda não aconteceu. Os investigadores também suspeitavam de que a vítima tivesse sido dopada antes de ser morta, mas, posteriormente, não revelaram à imprensa se isso realmente aconteceu. LEIA TAMBÉM No Grande Recife, apenas uma Delegacia da Mulher é 24 horas. Mas cadê o delegado? Delegacias da Mulher fechadas nos horários em que elas mais precisam Após morte de estudante, TJPE promete agilizar medidas protetivas para vítimas Os 7 crimes que abalaram Pernambuco em 2017  
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