Médico teria estuprado pacientes durante atendimento na UPA da Imbiribeira. Foto: Divulgação
A Secretaria Estadual da Mulher confirmou que recebeu, por meio da ouvidoria, novas denúncias relacionadas ao suposto estupro na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife. O conteúdo das denúncias está sendo mantido em sigilo, mas os informantes foram orientados a procurar a Delegacia da Mulher, em Santo Amaro, para prestar queixa.
Por se tratar de conteúdo sigiloso, a Secretaria Estadual da Mulher não pode confirmar se as denúncias registradas desde a quinta-feira, após o caso vir a tona, são de outras supostas vítimas de abusos praticados pelo médico ortopedista que está sendo investigado pela polícia. Confirmou apenas que os telefonemas recebidos têm relação com o caso.
Até agora, oficialmente, a Polícia Civil de Pernambuco confirmou que apenas duas vítimas registraram queixa na delegacia. A primeira foi uma jovem de 18 anos, que teria sido estuprada na manhã da quarta-feira (21), e a outra foi uma universitária de 32 anos, que tomou coragem de procurar a polícia após a repercussão do caso. A primeira vítima fez exames sexológicos no Instituto de Medicina Legal (IML). Os resultados ainda não foram divulgados.
A Ouvidoria da Mulher funciona 24 horas por dia, por meio do número: 0800.281.8187. Qualquer tipo de violência relacionada ao sexo feminino pode ser denunciada nesse telefone.
PERFIL DO SUSPEITO
O homem
suspeito de estupro na UPA da Imbiribeira é médico há nove anos. Ele se formou pela Universidade do Rio Grande do Norte e especializou-se na área de ortopedia e traumatologia, com ênfase em cirurgias. Além da UPA, ele também trabalha em clínicas particulares.
O nome do profissional está sendo mantido em sigilo pela Polícia Civil até que as investigações sejam concluídas e seja comprovado se ele praticou ou não os abusos sexuais. O inquérito deve ser concluído em até 30 dias. Até lá, os investigadores estão ouvindo testemunhas, como colegas de trabalho, para traçar o perfil do médico.
O médico foi afastado das funções, por determinação da direção da UPA da Imbiribeira. O Conselho Regional de Medicina (Cremepe) também confirmou que abriu sindicância para investigar a conduta do profissional, que pode perder o direito de exercer a profissão.
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