Caso Remís: defesa pede exame mental para acusado de matar estudante

Publicado em 09/03/2018 às 7:30
Foto: Remís Costa foi morta pelo namorado após uma discussão. Ele confessou o crime. Foto: Internet/Reprodução


Remís Costa foi morta pelo namorado após uma discussão. Ele confessou o crime. Foto: Internet/Reprodução A defesa do auxiliar de pedreiro Paulo César de Oliveira Silva, de 25 anos, acusado de assassinar a namorada, a estudante de pedagogia Remís Carla Costa, 24, em dezembro do ano passado, entrou com pedido na Justiça para que ele passe por exames de sanidade mental. De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), os advogados do réu querem averiguar se ele possui problemas mentais que teriam influenciado na prática do crime, que ocorreu em dezembro do ano passado, na Caxangá, Zona Oeste do Recife. O processo está na 1ª Vara do Júri da Capital. O juiz Ernesto Bezerra Cavalcanti encaminhou o pedido para análise do Ministério Público de Pernambuco. Só após esse parecer, o magistrado irá decidir se autoriza ou não o incidente de insanidade mental, como é chamado o exame. Se for aceito, o processo é paralisado até que o resultado - elaborado por um psiquiatra forense - seja informado à Justiça. Se os exames apontarem que Paulo César tinha problemas mentais no momento em que praticou o crime, ou seja, se for considerado inimputável, ele pode não ir a júri popular. A Justiça pode decidir por aplicar uma medida de segurança: ele pode ser transferido para um manicômio judiciário (Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico) e passar no máximo três anos internado - como determina a lei. Paulo César responde por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, sem chance de defesa da vítima e feminicídio) e ocultação de cadáver. O auxiliar de pedreiro, que confessou ter assassinado Remís Costa após uma briga, continua preso.   RELEMBRE O CASO   Namorado de Rémis Costa teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Foto: Polícia Civil/Divulgação O homicídio de Remís Costa ocorreu em 17 de dezembro de 2017. Ela estava na casa do namorado, Paulo César e, segundo as investigações, houve uma discussão entre os dois por conta de um celular. Na briga, o réu teria colocado a mão no pescoço da vítima, apertando com força, dificultando qualquer forma de defesa. Ao invés de providenciar socorro, ele concluiu que havia matado a namorada e saiu de casa, retornando na madrugada do dia seguinte, ocasião em que enterrou o corpo da vítima no quintal. Após quase uma semana de buscas, o corpo de Remís Costa foi encontrado numa cova rasa, a poucos metros da residência dele, no bairro da Caxangá, em 23 de dezembro. Paulo César foi preso em flagrante no mesmo dia, escondido na casa dos pais, na cidade de Vicência, Interior de Pernambuco. Em depoimento à polícia, o acusado afirmou que o crime foi praticado após uma discussão entre o casal por causa de um celular. Paulo César afirmou que agiu sozinho. Ele foi indiciado no início de janeiro deste ano. LEIA TAMBÉM Acidente na Tamarineira: universitário vai para o banco dos réus em maio Há dois anos no STJ, pedido de novo júri para o Caso Serrambi segue indefinido Após quatro anos, Canibais de Garanhuns vão a júri popular novamente  
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