Justiça absolve acusado de assassinar o professor Betinho

Publicado em 31/01/2019 às 21:12
Foto: Professor do colégio Agnes foi encontrado morto dentro do apartamento onde morava, no Centro do Recife


Professor do colégio Agnes foi encontrado morto dentro do apartamento onde morava, no Centro do Recife A Justiça absolveu, na noite desta quinta-feira (31), o estudante Ademário Gomes da Silva Dantas, acusado de ser um dos assassinos do coordenador pedagógico José Bernardino da Silva Filho, o Betinho, 49 anos. Na decisão, o juiz Jorge Luiz dos Santos Henriques, da Segunda Vara do Tribunal do Júri Capital, concluiu que não há provas para levar o suspeito a júri popular e decidiu inocentá-lo do crime. O magistrado destacou as divergências nas perícias que, inicialmente, apontaram Ademário e um adolescente de 17 anos como os assassinos de Betinho. O crime ocorreu em 16 de maio de 2015, no apartamento onde a vítima morava, no Edifício Módulo, no Centro do Recife. Na época, peritos do Instituto de Identificação Tavares Buril afirmaram que digitais dos suspeitos foram encontrados em uma cômoda e em um ferro de passar. No entanto, duas perícias - uma da Polícia Federal e outra do Instituto de Criminalística - apontaram que as digitais não eram da dupla. Numa revisão, os peritos do laudo inicial reconheceram o erro. "E as câmaras do sistema interno? A resposta também é do Delegado que presidiu o inquérito, dada na mesma audiência, no sentido de que viu e reviu as imagens das câmaras do prédio, juntamente com sua equipe e não se constatou o acusado entrando ou saindo do Edifício Módulo, o que é decisivamente favorável à alegação do réu de que não esteve no local do crime", destacou o juiz na decisão pela absolvição sumária. O advogado de defesa do acusado, Jorge Wellington, comemorou a decisão. "A Justiça foi feita. Todos sabiam que Ademário era inocente. Não havia nenhuma prova contra ele", disse. O adolescente, que respondia a processo perante a Vara da Infância e Juventude, também foi absolvido das acusações no início deste ano. O inquérito policial foi conduzido pelo delegado Alfredo Jorge, que atuava no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Na época do crime, o delegado afirmou que não conseguiu precisar qual seria a motivação do crime. Desde a conclusão das investigações, ele optou por não se pronunciar mais sobre o caso. INQUÉRITO SERÁ REABERTO Atendendo a um pedido do Ministério Público de Pernambuco, o juiz também determinou que seja enviado ofício à Chefia da Polícia Civil de Pernambuco para que as investigações sobre o assassinato de Betinho sejam reabertas. Um novo delegado deve ser designado para o caso.   RELEMBRE ENTREVISTA:  Caso Betinho: ‘Esperamos que a Justiça absolva meu filho’, afirma pai de acusado
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