Em Olinda, não há delegacia especializada para apurar crimes envolvendo adolescentes. Foto: Agência Brasil
O município de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, ocupa a segunda colocação no ranking de atos infracionais envolvendo adolescentes no Estado. Apesar disso, não há uma delegacia especializada para investigar os casos. De acordo com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), os inquéritos estão acumulados e parados na Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) do Paulista, cidade vizinha.
Atentas ao problema, que fere a lei, as Promotorias de Justiça do Paulista e de Olinda expediram uma recomendação conjunta com a finalidade de que a Delegacia de Polícia de Crimes contra Criança e Adolescente (DPCA) do Paulista redistribua, no prazo de 15 dias, todos os inquéritos cujos fatos ocorreram em Olinda, para as três delegacias circunscricionais situadas nesse município.
De acordo com a recomendação, a DPCA do Paulista confirmou, em ofício remetido em 2017, que deixou de atender ocorrências policiais envolvendo crianças e adolescentes —tanto nos casos em que são vítimas como naqueles em que tenham cometido atos infracionais— originadas em Olinda.
O inquérito civil da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Olinda investiga o porquê de o município de Olinda ainda não possuir uma delegacia especializada.
LEIA TAMBÉM
Polícia só soluciona 3% dos roubos de veículos em Pernambuco
Quase 95% dos assaltos nas ruas não são solucionados pela polícia de PE