Notícias sobre segurança pública em Pernambuco, por Raphael Guerra

Segurança

Por Raphael Guerra e equipe
JUSTIÇA

Acusado de matar namorada e jogar corpo em rio, no Recife, vai a júri popular

A manicure Dione Gomes da Silva, de 40 anos, foi a primeira vítima de feminicídio em Pernambuco no ano de 2021

Cadastrado por

Raphael Guerra

Publicado em 08/02/2022 às 17:42 | Atualizado em 08/02/2022 às 17:44
VÍTIMA Dione Gomes foi assassinada e teve o corpo jogado no rio - DAY SANTOS/JC IMAGEM

O mototaxista Maurício Alves de Andrade, acusado pelo feminicídio e ocultação de cadáver da namorada, a manicure Dione Gomes da Silva, de 40 anos, vai a júri popular. A decisão é da Segunda Vara do Tribunal do Júri Capital. A defesa do réu ainda pode recorrer.

Dione foi a primeira vítima de feminicídio em Pernambuco no ano de 2021. Na noite do dia 03 de janeiro, ela saiu de casa, em Camaragibe, no Grande Recife, para visitar o namorado no bairro da Imbiribeira, Zona Sul da capital pernambucana.

Horas mais tarde, segundo as investigações, ela teve o corpo jogado por ele no Rio Tejipió, no bairro de Afogados. Teria ocorrido uma discussão entre o casal. Maurício foi preso, no dia seguinte, após se apresentar à polícia na companhia de um advogado. Buscas foram feitas pelo Corpo de Bombeiros e, dois dias depois, o corpo de Dione foi encontrado.

O juiz Jorge Luiz dos Santos Henriques foi o responsável pela decisão de levar o réu a júri popular. Também determinou que o mototaxista permaneça preso. "O acusado permaneceu custodiado durante a instrução e assim deve permanecer enquanto aguarda o julgamento", disse na decisão. 

Somente após prazo de recurso se esgotar, a Justiça poderá definir a data do júri. 

Números da violência - ARTES/JC

AUMENTO DOS FEMINICÍDIOS

Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), 86 casos de feminicídios foram contabilizados em 2021 em Pernambuco. Em 2020, foram 75. O aumento foi de 14,6% - uma média de uma morte violenta a cada quatro dias.

Ao mesmo tempo em que esse tipo de crime cresceu, as denúncias de violência doméstica caíram nas delegacias da Polícia Civil.O ano terminou com 40.846 queixas de mulheres - uma queda de 1,84% em relação às 41.612 denúncias registradas em 2020.

A estatística demonstra a necessidade de as vítimas procurem ajuda imediata.

No total, 241 mulheres foram assassinadas no Estado no ano passado. Mas nesse número estão incluídas outras motivações, como o envolvimento das vítimas em atividades criminosas, por exemplo.

 

 

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