Com informações da CNN e CBN
O julgamento da ex-deputada federal Flordelis entrou no quinto dia nesta sexta-feira (11). A evangélica é acusada de mandar matar o marido, o pastor Anderson do Carmo, em 2019.
Ainda precisam ser ouvidas sete testemunhas de defesa. Desde segunda-feira (7), prestaram depoimento cerca de 20 testemunhas.
O psicólogo Sidnei Filho foi o primeiro a ser ouvido nesta sexta-feira (11). O profissional respondeu perguntas efetuadas pela defesa sobre características de quem sofre ou comete violência doméstica.
Os advogados de Flordelis levantaram a tese de que a ex-deputada e alguns filhos sofriam violência doméstica cometida por Anderson do Carmo.
A segunda testemunha a falar foi o psiquiatra forense Hewdy Lobo, que traçou um perfil intelectual dos réus. Segundo ele, Flordelis tem características de depressão, que podem ou não ser resultado de violência doméstica.
Na quinta-feira (10), a juíza Nearis dos Santos negou o pedido da defesa da ex-deputada para exumar o corpo do pastor Anderson do Carmo.
A intenção era saber se há vestígios de substâncias tóxicas que corroborem com os relatos de algumas testemunhas de que ele teria sido envenenado.
Após os depoimentos das testemunhas, o júri vai ouvir Flordelis e os demais réus. Só depois dessa etapa é que o julgamento segue para as considerações finais e a sentença.
Além da ex-deputada federal, estão sendo julgados:
- A filha biológica - Simone dos Santos
- A neta - Rayane dos Santos
- Filhos afetivos - André Luiz e Marzy Teixeira
Flordelis é acusada de ser a mandante da morte do marido e responde por homicídio triplamente qualificado - por motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilita a defesa da vítima, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.
O pastor Anderson do Carmo era casado com Flordelis há 25 anos. Ele foi morto a tiros no dia 16 de junho de 2019, na garagem da casa onde morava com a família, na cidade de Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Flordelis nega participação no crime.