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Saúde e Bem-estar

Por Cinthya Leite e equipe
VACINAÇÃO

Temendo falta da segunda dose da CoronaVac, Pernambuco faz levantamento de estoque em municípios

Superintendente do Programa Estadual de Imunização, Ana Catarina Melo, admitiu que "provavelmente no final da semana, a segunda dose vai faltar"

Cadastrado por

Katarina Moraes

Publicado em 26/04/2021 às 11:31 | Atualizado em 26/04/2021 às 17:38
Pesquisa patrocinada pelo Ministério da Saúde terá início nas próximas duas semanas - ALUISIO MOREIRA/SEI

Com baixo estoque e sem previsão para recebimento de novos lotes, o Programa Estadual de Imunização faz levantamento com os municípios pernambucanos para que eles informem a previsão de acabar as segundas doses da vacina Coronavac/Butantan contra a covid-19 e qual seria o déficit para atender aqueles já imunizados com a primeira dose. Cada cidade deverá responder aos questionamentos até as 12h desta segunda-feira (26).

"Estamos fazendo um levantamento com todos os municípios para que eles digam qual é o período que eles acham que vai faltar e qual é esse déficit de doses. Os municípios ficaram de mandar isso hoje até as 12h e estamos aguardando para termos o cenário no Estado", disse a superintendente de imunizações do Programa Nacional de Imunização em Pernambuco, Ana Catarina Melo, em entrevista à TV Globo na manhã desta segunda.

A superintendente admitiu que "provavelmente no final da semana, a segunda dose vai faltar", já que o Estado precisava receber 100 mil doses e recebeu apenas 28 mil, e orientou que os municípios se "organizem e façam o agendamento para não perder nenhuma dose", e que aguarda "novo repasse do Ministério da Saúde.

Por nota, o Programa lembra, também, que, "em todas as remessas, é enviado um quantitativo extra de 5% para perdas, que, a partir das boas práticas, pode suprir parte da demanda pela segunda dose".

A orientação para quem foi imunizado com a primeira dose da CoronaVac é que retorne para tomar a segunda em um período entre 14 e 28 dias depois. No entanto, Ana Catarina deixou claro que "quem recebeu a primeira dose e, infelizmente, pelo desabastecimento, vai atrasar a segunda, não perde a [eficácia da] primeira dose. A partir do momento em que a dose chegar, ela será administrada sem prejuízo da primeira", garantiu.

Por nota, o PNI esclarece que, caso haja realmente o atraso na aplicação da segunda dose, "o gestor municipal deve fazê-la assim que houver o insumo, finalizando o esquema vacinal e efetivando a proteção do vacinado. Além disso, lembra-se que, mesmo vacinado, o indivíduo deve manter todas as medidas sanitárias preconizadas: uso correto da máscara, higienização constante das mãos e distanciamento/isolamento social".

Falta de doses em Lagoa do Itaenga

Um dos municípios que já anunciaram um déficit de doses foi Lagoa do Itaenga, na Zona da Mata de Pernambuco. Pelas redes sociais, o governo municipal comunicou a suspensão do drive-thru de vacinação de 2ª dose agendado para esta segunda-feira (26), e que este "será reagendado em conformidade com o recebimento de novas doses. Informou, também, que "nos próximos dias todos os idosos serão vacinados", e que a "vacinação de 1ª e 2ª dose da Astrazeneca está normalizada".

O Programa Estadual de Imunização informou, por fim, que há expectativa de chegar mais vacinas esta semana apenas da Astrazeneca/Fiocruz, que possui intervalo de três meses entre as doses.

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