A Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, também determinou, nesta quarta-feira (7), que os munícipes que quiserem escolher o tipo de vacina contra covid-19 só poderão ser imunizados após 60 dias. Os 'sommerliers' de vacinas têm sido um dos problemas da campanha de imunização no Brasil.
Os jaboatonenses que se negarem a tomar a vacina de certo fabricante terá agendamento bloqueado no aplicativo De Olho na Consulta, através da ferramenta Bloqueio por Recusa de Vacina. Contudo, o código permanecerá o mesmo, não sendo necessário novo agendamento. Passados os dois meses, o próprio sistema fará o desbloqueio.
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Segundo a gestão, a medida visa conscientizar as pessoas sobre a qualidade e segurança dos imunobiológicos, independente da marca, já que todos foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e têm eficácia comprovada. Em Jaboatão, são aplicadas as vacinas Coronavac, Astrazeneca, Pfizer e Janssen.
A informação sobre a marca da vacina que está disponível nos pontos de imunização só será dada após o usuário se identificar.
“Nosso objetivo é evitar a escolha do imunobiológico e o atraso do processo vacinal no nosso município. Atualmente, estamos oferecendo quatro tipos de vacinas e é fundamental que as pessoas tenham a consciência da importância de estarem vacinadas. Toda vacina é segura e eficaz e os resultados estão evidentes, com a redução de casos graves”, ressaltou o prefeito Anderson Ferreira.
Recife
A mesma medida foi anunciada pelo Recife na última segunda-feira (5). Em entrevista à Rádio Jornal, o prefeito João Campos (PSB) explicou que quem marcar a imunização, mas desistir ao ver a marca da vacina no local selecionado, terá o agendamento travado no sistema temporariamente.
Segundo João Campos, no próprio ponto de vacinação, o técnico responsável irá registrar no sistema a "escolha" da vacina por parte da pessoa, o que fará com o sistema bloqueie o agendamento para ela por 60 dias. "A estratégia de vacinação é uma estratégia coletiva", justificou o prefeito.
"Vacina boa é a vacina no braço. A gente sabe que todas as vacinas aplicadas no Brasil foram aprovadas por agências reguladoras e sanitárias no Brasil e mundo afora, todas elas representam a proteção, sobretudo para casos graves e óbitos, então a gente tem que garantir que todas elas sejam utilizadas", disse Campos. A estratégia, segundo a prefeitura, será implementada ainda esta semana.