Notícias e análises sobre medicina e saúde com a jornalista Cinthya Leite

Saúde e Bem-estar

Por Cinthya Leite e equipe
COLUNA JC SAÚDE E BEM-ESTAR

Pediatra tira dúvidas sobre a covid-19 entre crianças

De março de 2020 a junho de 2021, mais de 15 mil crianças foram internadas com covid-19 e 948 pacientes, de 0 a 9 anos, foram a óbito

Cadastrado por

Cinthya Leite

Publicado em 18/07/2021 às 17:28 | Atualizado em 18/07/2021 às 17:31
CONTÁGIO Manutenção da prevenção pode evitar mais casos de SRAG - PIXABAY

Desde o início da pandemia, hábitos como lavar as mãos, usar máscaras e álcool gel, além de manter o distanciamento social, entraram no cronograma de novos comportamentos das crianças. No Brasil, onde a doença já tirou a vida de mais de 540 mil pessoas, os dados da Sociedade Brasileira de Pediatria e do Ministério da Saúde apontam que, entre março de 2020 e início de junho de 2021, mais de 15 mil crianças foram internadas com covid-19 e 948 pacientes, de 0 a 9 anos, foram a óbito em decorrência de complicações da infecção.

Para ajudar na compreensão da doença na faixa etária, a pediatra Ana Paula Beltran Moschione Castro tira as principais dúvidas. "A busca por informação é constante e é válida, mas é fundamental que ela venha de fontes confiáveis. Muito se falou sobre os impactos da doença nos pequenos, mas é preciso cautela com esses dados. Combater a desinformação se tornou a missão de todos", diz. 

Confira as explicações da médica sobre a covid-19 na infância:  

Sim. Crianças de todas as idades podem ser infectadas pelo novo coronavírus. Em muitos casos, de forma assintomática. Em outros, há relatos de sintomas leves, como febre baixa, tosse e certa fadiga. Houve alguns casos considerados mais graves, mas em pouca quantidade. Crianças com problemas de saúde preexistentes oferecem riscos maior de contrair a forma mais grave da doença.

O Brasil oferece três tipos de vacinas contra a covid-19. A Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan, a Oxford/Astrazeneca, envazada pela Fiocruz, e a vacina da Pfizer/ BioNTech, mas novas apresentações podem ser aprovadas pela Anvisa a qualquer momento. Recentemente, a Anvisa acenou com a aprovação em caráter emergencial da vacina produzida pela Jansen. Ainda mais recentemente, a Anvisa destacou que a vacina contra covid-19 produzida pela Pfizer pode ser aplicada em crianças a partir dos 12 anos. Nos EUA, a Moderna anunciou que já está fazendo estudos sobre a aplicação em crianças, e o plano também está na pauta da Johnson & Johnson. Esses estudos ajudam a confirmar se as vacinas são eficazes e identificar a dose ideal por faixa etária.

Não é bem assim. Acontece que as crianças infectadas, em muitos casos, não manifestam sintomas e acabam interagindo com um público mais suscetível à doença. Mas ainda não há uma base concreta de estudos que certifique o nível de contaminação carregado por esse público.

Os estudos apresentados pelo Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia e Sociedade de Medicina Materno-Fetal indicaram que as vacinas de mRNA Covid-19, desenvolvidas pela Pfizer/Biontech e Moderna, podem ser administradas em grávidas e lactantes. Em ambos casos, a melhor opção é ouvir o médico que está acompanhado a gestação e saúde da mulher.

Assim que diagnosticada a doença, o primeiro passo é iniciar o tratamento com opções seguras, seguindo sempre orientação de um médico. 

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