As mortes em decorrência da covid-19 registradas em Pernambuco entre o 19 de janeiro e 21 de outubro de 2021 predominantemente foram de pessoas que não chegaram a ter o esquema vacinal completo contra o coronavírus. Dados da secretaria de Saúde do Estado, apresentados em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (4), mostram que dos 9.103 óbitos registrados no período, 94% foram de pessoas que não estavam completamente vacinadas.
Esse grupo representa 8,5 mil do total de óbitos. Da totalidade das mortes, ouro dado preocupante é que 75% dos mortos não tinham sequer tomado a primeira dose da vacina contra o coronavírus. Dos mais de 9 mil óbitos, 1.530 (17%) tinham tomado apenas uma dose da vacina, enquanto 2% adoeceram antes do tempo que a vacina precisa para fazer efeito, prazo de 14 dias após a segunda dose ou dose única.
"Não adianta tomar a primeira dose e não aparecer para tomar a segunda. Não adianta tomar duas doses e não tomar a dose de reforço, se faz parte do grupo de risco. Vacinas não são infalíveis, mesmo com ciclo completo, teremos dados de pessoas que infelizmente vieram a óbito; mas é fundamental acreditar na vacina. Procurar a vacinação completa para continuar tendo um número de controle da pandemia no Estado. precisamos do esforço coletivo, do compromisso de cada um com a superação da pandemia. A vacina é nossa principal aliada", reforçou o secretário de Saúde, André Longo.
FLEXIBILIZAÇÃO
O avanço da vacinação, inclusive, é determinante para que o Estado prossiga com as flexibilizações. Ainda na coletiva, o secretário de Saúde adiantou que o Estado de Pernambuco espera no próximo mês dar avanços significativos nas flexibilizações, inclusive no que diz respeito ao uso obrigatórios de máscaras ao ar live.
"Devemos atingir no começo de dezembro a imunização completa, acima de 12 anos, em 80%. A partir desse número podemos projetar mais avanços em Pernambuco em relação à flexibilização das atividades. Vai ser avaliado pelo comitê. Já pudemos anunciar a retirada de máscaras em locais abertos em Fernando de Noronha, e esperamos poder dar passos a partir de dezembro nesse sentido aqui no continente", avaliou Longo.
Segundo ele, se vacinação progredir, "conseguindo imunizar com vacinação completa mais de 90% (da população" é "bem possível que haja as condições sanitárias para voltarmos a fazer eventos maiores", como Réveillon, Carnaval e São João.