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Saúde e Bem-estar

Por Cinthya Leite e equipe
COVID-19

Estádios, escolas e aferição de temperatura: saiba o que muda com novas flexibilizações em Pernambuco

Na última quinta-feira (11), o Governo do Estado anunciou novas medidas para a convivência com o coronavírus

Cadastrado por

Bruno Vinicius

Publicado em 15/11/2021 às 12:33 | Atualizado em 15/11/2021 às 12:41
O Sport fez dois jogos consecutivos na Arena de Pernambuco com torcida. - ALEXANDRE GONDIM/JC IMAGEM

Com 68,19% das pessoas com esquema vacinal completo, Pernambuco terá, partir desta segunda-feira (15), a maior flexibilização de atividades econômicas desde o início da pandemia, em março de 2020. Na última quinta-feira (11), o Governo do Estado anunciou novas medidas para a convivência com o coronavírus - a exemplo ampliação de torcida nos estádios, o fim do distanciamento entre bancas escolares e da obrigatoriedade da aferição de temperatura nas entradas dos estabelecimentos.

O governo aponta que as flexibilizações estão sendo realizadas por causa do avanço da vacinação no Estado, a queda no número de casos da doença e também a diminuição na ocupação de leitos destinados para a covid-19. Segundo o Estado, houve uma diminuição de notificações de Síndrome Respiratória Aguda na Semana Epidemiológica (SE) 44, que compreende o período entre 31 de outubro a 6 de novembro, uma semana antes da flexibilização.

Nesse sentido, foram notificados 368 casos de Srag, o que representa diminuição de 6% em comparação à SE 43 e de 14% em relação à semana 42. Ainda de acordo com o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES), divulgado nesse domingo (14), há uma ocupação média em 48% nos leitos em Pernambuco, sendo 49% na UTI e 47% nos leitos de enfermaria. 

"Há exatamente um ano, tínhamos mais de 600 pacientes ocupando leitos de UTI. Hoje são menos de 400. Isso não é obra do acaso. É fundamentalmente o impacto da vacinação no braço das pessoas. Por isso, o cenário atual permite novas progressões no plano de convivência, com ampliação do público nos estádios de futebol para até 50% da capacidade e também a redução no distanciamento nas escolas", disse André Longo, secretário estadual de Saúde.

Em geral, não será necessária a aferição de temperatura nos estabelecimentos comerciais e públicos em Pernambuco. 

Confira o que muda em cada setor:

Escolas

O setor que talvez seja o mais impactado é o da educação básica. A partir desta terça, quando as aulas retornam pós-feriado, as escolas poderão funcionar com capacidade plena, levando em consideração que estavam funcionando em esquema de rodízio. O tempo de afastamento dos professores e estudantes, quando confirmados com a doença, também diminuirá. Passará de 14 para 10 dias. Na entrada das unidades de ensino também não será exigida a aferição da temperatura corporal.

>> Governo de Pernambuco libera escolas para funcionarem sem distanciamento mínimo de estudantes nas salas de aula

"Hoje praticamente 100% dos profissionais de educação de Pernambuco já receberam a segunda dose da vacina. E o ritmo de vacinação dos jovens de 12 a 17 anos está aumentando. Cerca de 60% dos adolescentes nessas idades tomaram a primeira dose e até o final de novembro nossa expectativa é que toda essa população esteja vacinada", explicou o secretário de educação, Marcelo Barros.

Estádios de futebol

Apesar de exigir a comprovação do esquema vacinal completo, agora o público nos estádios de futebol será ampliado em 50% - bem próximo do fim dos campeonatos nacionais. "A partir de 300 pessoas, o público deve estar 90% vacinado com duas doses ou vacina de dose única e 10% com 1ª dose e teste rápido de antígeno negativo realizado 24 horas, no período que antecede o evento, ou teste RT-PCR negativo realizado até 48 horas antes do evento", apontou o secretário de Turismo, Rodrigo Novaes.

Cruzeiros marítimos

As decisões também impactaram na retomada dos cruzeiros marítimos no litoral pernambucano e também no Arquipélago de Fernando de Noronha. "Quero reforçar que é preciso convencer as pessoas que ainda não completaram o esquema vacinal que elas precisam se vacinar. É preciso fechar o ciclo e avançar para a dose de reforço para que possamos voltar ao calendário cultural e turístico do Estado que gera emprego e renda para a população", contou Rodrigo Novaes em última coletiva.

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