Com o avanço da variante ômicron e a circulação da influenza em Pernambuco, o Estado ultrapassou, neste domingo (23), o número de 1 mil leitos de UTI voltados à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Segundo o boletim de covid-19 mais recente da Secretaria Estadual de Saúde, 79% desses leitos já estão ocupados. O índice é mais alto do que registrado há um mês, quando havia 707 leitos de UTI e uma ocupação de 62%.
Ao todo, a SES registrou 1.358 casos da Covid-19 neste domingo. Entre os confirmados no boletim, foram 25 (2%) casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.333 (98%) são leves. No documento, a também divulgou que houve cinco mortes decorrentes da doença. Os pacientes tinham idades entre 39 e 84 anos, sendo todos residentes do Recife e com algum tipo de comorbidade. Apesar do número baixo, há uma morte confirmada referente há quase um ano.
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O boletim deste sábado também registrou um baixo índice de óbitos, computando um caso de março. Apesar disso, as confirmações da doença ficaram em 3.358 casos da Covid-19, o maior desde julho do ano passado.
Já o número de vacinados com esquema completo, em duas doses, chegou a 84,34%. Já com o referente às doses de reforços (terceira dose), foram aplicadas 1.745.155 (cobertura de 26,42%). No entanto, 882.785 pernambucanos ainda não completaram o esquema de imunização - os números do boletim não revelam a quantidade de atrasados. Os índices de imunizados devem aumentar com a ampliação da vacinação para as crianças no Estado.
Ômicron em circulação
A abertura de leitos de UTI para covid-19 reforça o aumento da circulação da ômicron no Estado. A variante, que é a mais transmissível até agora entre as que circularam, já corresponde a 90% dos casos de covid-19 em Pernambuco. Um estudo de circulação de linhagens de SARS-CoV-2 elaborado pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz-PE) revelou que ela já prevalece contra a dela no território estadual.
"A variante ômicron tem uma capacidade de transmissão muito superior às outras variantes, conseguindo contaminar de forma recorrente até mesmo as pessoas que já estão vacinadas. No entanto, não podemos esquecer que mesmo que a vacina não nos deixe livres da infecção, a doença em não vacinados tem um impacto muito pior", disse o secretário estadual de saúde, André Longo.