A doença Alzheimer é o tipo mais comum de demência neurodegenerativa nos idosos. O número de pacientes com a condição deve duplicar a cada 20 anos.
Além disso, a cada 3 segundos, uma pessoa desenvolve demência no mundo.
Diante desses dados, mostra-se importante a disseminação de informações sobre a doença de Alzheimer, além da validação de campanhas de sensibilização sobre a doença.
Setembro, por exemplo, é considerado o mês mundial de conscientização da doença de Alzheimer.
O slogan da campanha em 2022 é: ‘Juntos podemos fazer tanto!’.
Às vésperas deste período, leia detalhes sobre a doença de Alzheimer:
O QUE É ALZHEIMER?
A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa, normalmente associada ao envelhecimento, que ainda não tem uma causa definida.
O desenvolvimento de Alzheimer acontece quando há uma alteração no processamento de proteínas específicas do sistema nervoso central.
Dessa forma, passam a surgir fragmentos de proteínas mal cortadas e tóxicas, não apenas dentro dos neurônios, mas também nos espaços entre eles.
Essa toxicidade é capaz de gerar a perda progressiva de neurônios em regiões do cérebro, como o hipocampo - o qual controla a memória.
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O córtex cerebral também é atingido, o que leva a dificuldade de raciocínio, pensamento abstrato e controle da linguagem e reconhecimento de estímulos sensoriais.
De acordo com a especialista Carla Núbia, titulada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), os pacientes devem realizar exames constantes para detecção da doença de Alzheimer, não apenas com a aparição de sintomas graves.
“Geralmente as pessoas só procuram ajuda quando há falha de memória, mas também é preciso atentar para sintomas comportamentais, capazes de predizer que algo pode estar errado”, informou.
SINTOMAS DE ALZHEIMER
Por mais que o esquecimento seja o sintoma mais conhecido da doença de Alzheimer, não está presente em todos os casos da condição, além de não ser o único sintoma.
No entanto, todo paciente que apresentar esquecimentos frequentes pode possuir algum tipo de demência.
O comprometimento da memória, principalmente para fatos recentes, é um dos sinais mais evidentes da doença de Alzheimer, mas nem sempre é o primeiro a surgir.
Segundo a médica Carla Núbia, outros sintomas devem ser analisados para que se busque um diagnóstico da doença de Alzheimer com antecedência.
“Apatia, depressão, alteração na linguagem e dificuldades para realizar atividades do dia a dia. São sinais que podem aparecer inicialmente, independentemente da presença de falhas de memória”, afirmou.
Nos casos mais avançados da doença de Alzheimer, os pacientes passam a ter dificuldades em elaborar estratégias, resolver problemas simples, acompanhar conversações e encontrar palavras.
Além disso, também torna árduo o desenvolvimento de pensamentos complexos ao exprimir ideias ou sentimentos pessoais, além de encontrar caminhos conhecidos.
A irritabilidade, agressividade, desconfiança excessiva, passividade, e tendência ao isolamento também são comuns.
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ALZHEIMER É HEREDITÁRIO?
Acredita-se que a doença de Alzheimer seja uma condição geneticamente determinada, mas as causas hereditárias não são o principal fator.
Hábitos pessoais, fatores ambientais e doenças prévias também são investigadas como causas da doença, além do histórico familiar.
A doença de Alzheimer é essencialmente poligênica, isto é, há diversos genes envolvidos nas lesões que a desenvolvem.
A condição ainda está sendo investigada e novos genes precisam ser identificados para que haja uma compreensão completa dos processos disfuncionais da doença de Alzheimer.