O presidente-executivo da Federação da Unimed no Espírito Santo, Alexandre Augusto Ruschi, comentou sobre o impacto do piso salarial da enfermagem aos usuários de planos de saúde. As informações são do portal Folha Vitória.
A fala ocorreu durante o 9º Congresso Brasileiro Médico e Jurídico da Saúde (ComedJus) na terça-feira (30), em Vitória (ES). A lei do piso da enfermagem entrou em vigor em 5 de agosto.
"O usuário final do sistema suplementar será o maior impactado, seja pela perda de qualidade por parte da falta de pessoal ou pelo aumento dos custos dos planos. Com isso, podemos prever o fechamento significativo de leitos hospitalares e muitas demissões dos menos qualificados", declarou o médico-cirurgião.
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O tema da palestra era "Panorama da saúde suplementar no Brasil". Alexandre Augusto Ruschi também criticou o projeto de lei aprovado pelo Senado na última segunda (29), que derrubou o rol taxativo da ANS.
A lei do piso da enfermagem fixa os salários em R$ 4.750,00 para enfermeiros, R$ 3.325,00 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375,00 para auxiliares de enfermagem e parteiras.
AÇÃO NO STF CONTRA O PISO DA ENFERMAGEM
A CNSaúde, em parceria com outras entidades, entrou com uma ADI (Ação de Inconstitucionalidade) no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar barrar o piso da enfermagem.
Realizou, ainda, uma pesquisa com 2.511 instituições para levantar os impactos do piso salarial da enfermagem. Os entrevistados afirmam que o piso provocará o fechamento de mais de 20 mil leitos (cerca de 27 leitos por instituição) e de mais de 83 mil postos de trabalho.