A decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, em suspender o piso salarial da enfermagem neste domingo (4) já começa a gerar reações da categoria.
O Conselho Regional de Enfermagem se manifestou em nota. "O Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem está apurando a decisão e as estratégias para derrubada da liminar. Retornaremos com mais informações em breve".
Responsável por ter ingressado com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 7222) em relação ao piso no ST, a Confederação Nacional de Saúde, que congrega oito federações de dezenas de sindicatos pelo Brasil, apenas convocou os seguidores a lerem a decisão na íntegra.
O Conselho Federal de Enfermagem ainda não se manifestou.
Em Pernambuco, o perfil do Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem fez uma live ainda na tarde do domingo, com falas do presidente Francis Hebert.
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Ele convocou os profissionais à estarem em alerta para mobilizações em todo o Brasil e em especial no estado de Pernambuco.
"Convocamos todos a ficarem de alerta, pois até a próxima terça-feira vamos nos reunir e buscar apresentação do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco e da Associação Brasileira De Enfermagem De Pernambuco para discutirmos quais serão os próximos passos", disse Herbert.
Barroso, do STF, suspende pagamento do piso salarial da enfermagem
A decisão do STF vale até os governos informarem de forma detalhada, em até 60 dias, o impacto da lei. O piso salarial da enfermagem seria pago pela primeira vez nesta segunda-feira (5), garantindo uma remuneração mínima para enfermeiros fixada em R$ 4.750.
Dessa forma, 70% desse valor (R$ 3.325) para técnicos; 50% (R$ 2.375) para auxiliares e parteiras. Em todo o Brasil, mais de 2,6 milhões de profissionais serão impactados com o piso salarial.
O ministro Luís Roberto Barroso atendeu a um pedido de entidades do setor que, desde antes da aprovação do piso, falam sobre risco de demissão em massa de profissionais da enfermagem e de sobrecarga na rede.