Em busca de contornar os efeitos da inflação e manter o controle financeiro, brasileiros têm buscado estratégias para garantir que a renda do mês seja suficiente para a cobertura de bens e serviços essenciais em suas casas.
A preocupação em excesso com o dinheiro, no entanto, tem sido uma das principais portas de entrada para doenças da mente, como ansiedade e depressão, apontam estudos.
Como o dinheiro afeta a saúde mental
A preocupação com o cenário de instabilidade financeira fez com que muitas pessoas deixassem de realizar atividades consideradas benéficas a saúde, como exercícios físicos ou até atividades em família.
A prioridade dada aos gastos tem despertado na mente das pessoas o que os psicólogos chamam de ansiedade financeira. Essa condição se dá quando há uma crescente preocupação em torno da vida financeira de quem enfrenta dificuldades com o dinheiro.
Um estudo feito pelo instituto britânico Money and Mental Health mostrou que os problemas financeiros são os maiores causadores de problemas da mente, como a ansiedade, depressão, estresse e insônia.
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Como tratar a ansiedade financeira
Busque ajuda psiquiátrica
Os psicólogos explicam que pessoas que sofrem com a ansiedade não devem deixar de buscar ajuda psiquiátrica ao apresentarem os sintomas. O agravamento do fenômeno pode levar a um quadro depressivo.
Repense sua relação com o dinheiro
Em conjunto a isso, é importante que a pessoa com ansiedade financeira reflita a sua relação com o dinheiro. Segundo a psicóloga Wenna Larissa, é preciso focar nos problemas e soluções do agora.
"O futuro tem muitas possibilidades. Geralmente, o que a mente ansiosa pensa é no lado negativo, mas isso não vai acontecer necessariamente. Um exercício para diminuir essa ansiedade é pensar no que pode ser feito no dia de hoje", diz a psicóloga.
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Utilize a ansiedade a seu favor
A psicóloga também explica que a ansiedade, quando controlada, é uma condição natural de nosso corpo e pode nos condicionar a buscar soluções para o problema financeiro.
"Utilizar essa ansiedade a favor, ou seja, pensar em estratégias que podem fazer com que a renda familiar cresça, para se desenvolver profissionalmente e repensar nas contas familiares", pontua a psicóloga.
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