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Saúde e Bem-estar

Por Cinthya Leite e equipe
DESPENCOU

VACINA BCG: cobertura da vacina BCG em BEBÊS tem QUEDA BRUSCA; taxa foi a menor em uma década

Brasil registrou uma das mais baixas coberturas da vacina BCG em bebês de 0 a 1 ano: 79,5%

Cadastrado por

Cinthya Leite

Publicado em 08/02/2023 às 9:52 | Atualizado em 08/02/2023 às 10:02
A vacina BCG é indicada de rotina a partir do nascimento até 4 anos de idade - GEOVANA ALBUQUERQUE/AGÊNCIA SAÚDE

A vacina BCG protege contra tuberculose, principalmente as formas graves, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar (espalhada pelo corpo).

A vacina BCG é indicada de rotina a partir do nascimento até 4 anos de idade. 

Infelizmente, o Brasil registrou uma das mais baixas coberturas da vacina BCG em bebês de 0 a 1 ano: 79,5% em 2021.

Em 2022, a cobertura teve uma leve alta: 82%, mas esse percentual ainda é preliminar.

Para se ter uma ideia da gravidade da situação, o percentual era de 100% de bebês imunizados em 2011.

Os dados são do Observa Infância, que reúne pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Centro Universitário Arthur de Sá Earp Neto (Unifase).

O cálculo considera as doses aplicadas em crianças menores de 1 ano, idade em que a vacina deve ser aplicada, e o número de nascidos vivos naquele mesmo ano.

QUAL A DOENÇA QUE A VACINA BCG PREVINE? 

A vacina BCG protege contra a tuberculose, doença infecciosa e transmissível, que afeta principalmente os pulmões e, apesar de ser antiga, continua sendo um importante problema de saúde pública.

No mundo, a cada ano, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose.

A tuberculose é responsável por mais de um milhão de óbitos anuais. Por isso, a retomada do alto percentual de vacinação com a BCG é fundamental.

QUE IDADE FAZ A VACINA BCG? 

A recomendação do Ministério da Saúde é que a vacina BCG seja administrada em recém-nascidos e pode ser ofertada para crianças de até 4 anos de idade, não vacinadas anteriormente.

"Vacina não é remédio. Vacinação é estratégia coletiva para proteção de todos", reforça a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

POR QUE A VACINA BCG DEIXA MARCA NO BRAÇO?

A BCG quase sempre deixa uma cicatriz característica, com até 1 centímetro de diâmetro, no local em que foi aplicada (como rotina, no braço direito).

VACINA BCG CICATRIZ

Essa reação da BCG (cicatriz no braço) é esperada.

É importante não colocar produtos, medicamentos ou curativos, pois se trata de uma resposta esperada e normal à vacina.

A resposta à vacina demora cerca de três meses (12 semanas), pode se prolongar por até 6 meses (24 semanas) e começa com uma mancha vermelha elevada no local da aplicação. Depois, evolui para pequena úlcera, que produz secreção até que vai cicatrizando.

QUAL É A REAÇÃO DA VACINA BCG? 

Entre os eventos adversos possíveis, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), estão úlceras com mais de 1 centímetro ou que demoram muito a cicatrizar; gânglios ou abscessos na pele e nas axilas; disseminação do bacilo da vacina pelo corpo, causando lesões em diferentes órgãos.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), os gânglios surgem em cerca de 10% dos vacinados.

Qualquer que seja o evento, o serviço de vacinação deve notificá-lo ao órgão de vigilância em Saúde e encaminhar o paciente ao posto de saúde para acompanhamento e tratamento adequados.

TUBERCULOSE CASOS E MORTES

As metas do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública são: alcançar redução de 90% do coeficiente de incidência da tuberculose e redução de 95% no número de mortes pela doença no país até 2035, quando comparados com os dados de 2015.

Para o Brasil, significa que é necessário reduzir o coeficiente de incidência para menos de 10 casos por 100 mil habitantes, além de diminuir o número de óbitos pela doença para menos de 230 ao ano, até 2035.

No Brasil, são notificados por ano aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose.

Desde 2016, praticamente todas as coberturas vacinais estão abaixo das metas.

Neste ano, o Ministério da Saúde elevou o status do Programa Nacional de Imunizações (PNI) a um departamento específico dentro da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), que se ocupará de elevar as taxas de proteção contra várias outras doenças imunopreveníveis, como poliomielite, tétano, coqueluche, influenza e sarampo.

 

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