A hipertensão arterial (pressão alta), que atinge cerca de 24,5% dos brasileiros segundo o Ministério da Saúde, é o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares.
Esse é um dos alertas necessários neste Dia Mundial da Hipertensão Arterial (17 de maio).
A pressão alta ocorre quando a média da pressão sanguínea nas artérias se mantém igual ou acima de 140 por 90 mmHg (ou 14 por 9).
É considerado normal 120 por 80 mmHg (ou 12 por 8).
Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de adultos com diagnóstico médico de hipertensão aumentou 3,7% em 15 anos no Brasil.
"A hipertensão é considerada o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares. Quando não controlada pode levar a complicações como insuficiência cardíaca, insuficiência renal e acidente vascular cerebral (AVC)", alerta o diretor-médico do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês, Adolfo Martin.
A pressão alta é uma condição crônica com vários fatores de risco: genéticos e comportamentais.
Atualmente, a hipertensão é a doença com maior incidência no mundo. Ela acomete uma grande parte da população adulta, principalmente homens.
“A Organização Mundial de Saúde e a Organização Panamericana de Saúde alertam que hoje 30% da população mundial já são hipertensos", diz Adolfo.
Entre os fatores para a alta incidência da pressão alta, é o fato de ela quase não apresentar sintomas. Então, muita gente nem sabe que tem.
Quando se manifestam sintomas, os mais comuns são dores de cabeça, dor na nuca, tontura leve e rubor facial.
"Esses sintomas podem aparecer no início. Mas, depois que o corpo acostuma com a pressão alta, eles desaparecem. Aí vem o grande problema: a pessoa começa a ter as lesões em órgãos-alvo e corre o risco de complicações mais graves", explica Adolfo.
Neste Dia Mundial da Hipertensão Arterial, o Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês quer promover a adoção de hábitos saudáveis como forma de contribuir para prevenir o desenvolvimento e ajudar no controle da doença.
"O instituto tem, entre suas missões, disseminar informação e conhecimento para auxiliar na prevenção de doenças em todas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) que administramos", diz.
"Orientar sobre a importância do controle de doenças cardíacas é um pilar essencial para buscarmos a sustentabilidade do atendimento na rede pública de saúde", acrescenta Adolfo.
A pressão alta não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada com hábitos saudáveis e medicação.
Somente o médico poderá determinar o melhor método para cada paciente.
Além dos medicamentos disponíveis atualmente, é imprescindível adotar um estilo de vida saudável.
Veja abaixo 8 dicas:
A prevenção é o melhor remédio.
Pessoas a partir de 20 anos devem aferir a pressão ao menos uma vez por ano.
No caso de histórico na família, deve-se medir, no mínimo, duas vezes nesse período.