O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos, área central do Recife, está com marcações abertas para receber novos pacientes no Laboratório de Marcha, voltado a pessoas com dificuldades de locomoção.
Com um foco determinado na reabilitação intensiva da marcha, o projeto é pioneiro e tem como meta proporcionar recursos de alta tecnologia para crianças, adolescentes e adultos com deficiência física.
O trabalho é voltado para promover a recuperação funcional e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
"O foco do serviço é restaurar a independência funcional e melhorar a qualidade de vida, ao atender uma variedade de condições, como doenças neurológicas (acidente vascular cerebral, doença de Parkinson, paralisia cerebral), pós-operatório de cirurgias de membros inferiores e amputações", afirma a coordenadora do Centro Especializado de Reabilitação do Imip, Marcela Oliveira.
A marcha pode ser afetada por uma variedade de patologias e condições clínicas, o que resulta em alterações no padrão de andar. Essas mudanças podem ter um impacto nos aspectos físicos, psicológicos e sociais da vida do indivíduo.
Para participar das atividades do Laboratório de Marcha, a pessoa pode realizar a marcação por meio do sistema de regulação do Estado ou comparecer ao Imip e fazer a inscrição no próprio laboratório.
Os pacientes passarão por uma triagem com a equipe multiprofissional para dar início ao tratamento. Por semana, são realizados cerca de 480 atendimentos fisioterapêuticos de reabilitação.
A equipe que integra o projeto é composta por 11 fisioterapeutas, ortopedista, cardiologista, neurologista, neurofisiologista e um coordenador.
O laboratório utiliza tecnologia avançada, incluindo câmeras de captura de movimento e aparelhos de eletromiografia de superfície, a fim de realizar avaliações precisas e personalizadas do padrão de marcha de cada paciente.
O tempo estimado para o tratamento é de dois meses, com sessões de reabilitação que ocorrem cinco vezes por semana.
O serviço representa um novo marco na reabilitação física e motora do Estado.
"No Brasil existem poucos laboratórios de marcha disponíveis no Sistema Único de Saúde, e esse é o primeiro no Recife. Trata-se de um serviço que dispõe de alta tecnologia e que permite o registro computadorizado dos dados, análise eletromiográfica e gravação de vídeos para avaliação posterior", diz Marcela Oliveira.
"Esse é um serviço que tem beneficiado pessoas com diferentes condições: crianças, adultos com disfunções na capacidade de andar e que possuem doenças degenerativas ou neurológicas, ortopédicas e amputações", complementa a coordenadora.