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DIABETES

O que diminui glicemia pós-prandial? Veja o que pode baixar glicose alta pós-refeição

Saiba o que pode ajudar a controlar a glicemia após refeições, segundo estudo

Cadastrado por

Flávio Oliveira

Publicado em 15/03/2024 às 6:09
Saiba os valores ideais da glicose no sangue - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os níveis circulantes de glicose pós-prandial podem ter uma associação com o risco cardiovascular, explicada pelo comprometimento da função endotelial vascular (FEV) devido à hiperglicemia, que aumenta o estresse oxidativo ao reduzir a biodisponibilidade de óxido nítrico (ON).

O que é glicemia pós-prandial?

O termo glicemia pós-prandial, também conhecido como glicose pós-prandial, refere-se à medição da glicemia plasmática realizada uma ou duas horas após uma refeição, que pode ser o café da manhã, almoço ou jantar. Geralmente, nos laboratórios clínicos, o teste é realizado após o almoço.

Esse exame é indicado para avaliar o controle glicêmico em pessoas com diabetes, fornecendo informações sobre se o paciente está com a glicemia controlada e, portanto, mais protegido contra complicações da doença.

Ele complementa outros testes, como a medida da glicemia em jejum e da hemoglobina glicada, sendo essencial, pois muitos pacientes podem apresentar uma glicemia de jejum normal, mas ainda assim terem níveis de glicemia descontrolados.

Como diminuir?

Um estudo prospectivo, randomizado crossover, realizado com 22 adultos com sobrepeso e pré-diabetes, teve como objetivo avaliar se o consumo de leite estaria relacionado à redução da glicemia pós-prandial e à proteção cardiovascular.

Os participantes foram avaliados em três momentos diferentes: ingestão de 75 g de glicose dissolvida em 473 ml de água (grupo controle), ingestão de 75 g de glicose dissolvida em 473 ml de leite desnatado (LD) e ingestão de 75 g de glicose dissolvida em 473 ml de leite integral (LI).

Em cada momento, foram mensurados marcadores plasmáticos (glicose, insulina, colesterol e triglicerídeos), dilatação fluxo-mediada da artéria braquial (DILA), pressão arterial e frequência cardíaca, além de marcadores de estresse oxidativo. A dieta dos três dias anteriores às intervenções foi controlada.

A glicose plasmática entre 60-90 min após a intervenção foi menor nos grupos LD e LI em comparação com o grupo controle, assim como a área de glicose sob a curva (AUC). Não foram observadas diferenças significativas na insulina pós-prandial entre os grupos.

A ingestão de leite também foi associada à diminuição da peroxidação lipídica e a níveis relativamente maiores de arginina plasmática (grupo LD). Maiores concentrações de ON foram observadas durante LI e LD em relação às concentrações que foram diminuídas durante o controle.

As respostas de ON e DILA foram positivamente correlacionadas, sugerindo que a vasoproteção mediada pelo leite ocorreu, pelo menos em parte, de forma dependente de ON.

Os autores concluíram que o leite, independentemente do teor de gordura, pode proteger contra danos na função vascular causados pela hiperglicemia pós-prandial. Esse mecanismo vasoprotetor provavelmente é mediado pela modulação do estresse oxidativo e da concentração de ON.

*Com informações de Nutritotal

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