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SAÚDE

Dengue tem relação com diabetes? Veja cuidados com as duas doenças

Saiba qual a relação existente entre diabetes e dengue

Cadastrado por

Flávio Oliveira

Publicado em 20/03/2024 às 9:43
Em 2024, até o momento, foram notificados 1.725 casos suspeitos de arboviroses (1.348 de dengue, 335 de chikungunya e 42 de zika) - © shammiknr/Pixabay

O aumento dos casos de dengue tem gerado preocupação entre autoridades sanitárias e profissionais médicos. Transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, a dengue afeta a todos, mas certos grupos têm um risco maior, como idosos, crianças, gestantes, pessoas com doenças crônicas e imunossuprimidos.

Os pacientes com diabetes estão incluídos nesse grupo de risco, exigindo cuidados especiais. Além disso, é importante notar que a dengue grave tende a ocorrer com maior frequência na segunda vez que a pessoa contrai a infecção.

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, as características das infecções em pessoas com diabetes são semelhantes à população em geral, mas podem ser mais graves, resultando em maior mortalidade, assim como em outros grupos de risco mencionados.

Este ano, pela primeira vez, o Brasil está realizando a imunização contra a dengue, porém a disponibilidade de vacinas é limitada para toda a população. Portanto, o governo optou por priorizar crianças e adolescentes até 14 anos, especialmente em áreas com alta transmissão da doença. Isso se deve ao fato de que essa faixa etária concentra o maior número de hospitalizações por dengue, de acordo com dados do governo federal.

"O laboratório produtor não tinha disponibilidade de fornecer ao Ministério da Saúde um maior número de doses da vacina este ano", explica o pediatra e infectologista Marco Aurelio Safadi, coordenador do Departamento de Imunização em Diabetes da Sociedade Brasileira de Diabetes. Ele alerta que os pacientes com diabetes, especialmente aqueles com um controle adequado, podem receber a vacina.

Diabetes e dengue

Caso uma pessoa contraia dengue, é crucial que ela seja acompanhada por unidades de saúde ou por seu médico para identificar qualquer sinal de complicações. É importante ficar atento aos sinais de alarme para as formas mais graves da doença, como vômitos, dor abdominal intensa e persistente, hemorragias, desmaios e pressão baixa. Ao notar esses sinais, é fundamental procurar ajuda médica imediatamente, pois são situações que exigem internação.

Não há um medicamento específico para tratar a dengue, portanto, o tratamento é apenas sintomático. A hidratação é fundamental para prevenir complicações graves da doença. Nos casos leves, a hidratação pode ser feita por via oral, mas nos casos mais graves, a internação pode ser necessária para a hidratação por via endovenosa.

A dengue é uma infecção viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Atualmente, existem circulações dos quatro sorotipos do vírus da dengue no Brasil, com predominância dos tipos 1 e 2.

*Com informação de Sociedade Brasileira de Diabetes

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