Os atletas e os membros das delegações que participarão das Olimpíadas e Paralimpíadas de Paris, nos meses de julho a setembro deste ano, deverão se vacinar contra uma série de doenças. Entre os imunizantes, estão as vacinas tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), DTP (difteria, tétano e coqueluche), influenza e covid-19.
A recomendação está em nota técnica assinada pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA), em diálogo com a Secretaria Nacional de Esportes de Alto Desempenho do Ministério dos Esportes (Senear) e o Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
A medida tem como objetivo dar cobertura extra às delegações olímpica e paralímpica. Os jogos começam no próximo dia 26.
"Grandes eventos como as Olimpíadas aumentam o fluxo de pessoas e aglomerações, o que aumenta o risco de transmissão de doenças. Por isso, a vacinação se faz importante, para reduzir a ameaça de reintrodução de doenças que estão em controle ou já eliminadas no País", alerta a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
As doses poderão ser administradas nos atletas e delegações técnicas olímpica e paralímpica em qualquer uma das unidades de vacinação, em todo o território nacional.
Àqueles que representarão o Brasil nos jogos de Paris, mas não são contemplados nas campanhas vigentes e estratégias de vacinação, bastará apresentar aos serviços do SUS um comprovante de participação nas competições emitido pelos Comitês Olímpico ou Paralímpico Brasileiro (COB e CPB).
Fluxo de viajantes
Com o objetivo de proteger a população brasileira da reintrodução de doenças já eliminadas no Brasil, o Ministério da Saúde também divulgou uma outra recomendação específica de vacinação para viajantes que irão assistir aos jogos, bem como orientações em caso de sintomas no período do evento.
Os alertas vêm por causa do cenário epidemiológico mundial, com ocorrência de surtos de sarampo, rubéola e coqueluche, além da circulação de influenza e covid-19 em países da Europa, da América do Norte e da Ásia.
Em maio deste ano, a União Europeia divulgou boletim epidemiológico que constata aumento da coqueluche em pelo menos 17 países, com mais 32.037 casos foram notificados entre 1 de janeiro e 31 de março de 2024.
O Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China (CCDC) informou que, em 2024, foram notificados no país 32.380 casos e 13 óbitos.