Câncer de pele: usar protetor solar é a melhor forma de prevenção
Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de pele é o mais frequente no país, representando cerca de 30% de todos os diagnósticos de tumores malignos

O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil, com estimativas de mais de 177 mil novos casos por ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). A principal causa do desenvolvimento desse câncer é a exposição excessiva e inadequada aos raios solares.
Mesmo com alertas constantes sobre os riscos da radiação ultravioleta (UV), muitas pessoas ainda subestimam os efeitos nocivos do sol, associando a necessidade de protetor solar apenas a dias de forte calor ou à praia.
Esse erro pode ser fatal, já que a falta de proteção solar pode resultar não só em envelhecimento precoce, mas também no desenvolvimento de tumores malignos.
Câncer de pele
O Ministério da Saúde destaca que, entre os tumores malignos, o câncer de pele é o mais frequente no país, representando cerca de 30% de todos os diagnósticos. No entanto, é importante fazer uma distinção entre os tipos de câncer de pele: o melanoma e os tipos não melanoma, sendo este último o mais comum.
O melanoma, embora represente apenas 3% dos casos de câncer de pele, é o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de disseminação para outros órgãos, conhecida como metástase.
"Se detectado em fase inicial, o prognóstico do melanoma pode ser bastante favorável", explica Mayla Carbone, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Já o câncer de pele não melanoma, que é o mais comum no Brasil, tem uma taxa de cura elevada, especialmente quando diagnosticado e tratado precocemente. Em 2022, ocorreram mais de 5 mil mortes decorrentes dos dois tipos de câncer de pele, conforme dados do Atlas da Mortalidade por Câncer.
Protetor solar é defesa mais eficaz contra o câncer de pele
Apesar dos diferentes tipos de câncer de pele, a prevenção é sempre a mesma: o uso diário do protetor solar. Como Mayla Carbone, dermatologista, explica, a proteção solar não deve ser vista como uma opção, mas como uma necessidade básica.
O uso diário do protetor solar é fundamental para a prevenção tanto do melanoma quanto dos tipos não melanoma. "O sol não precisa estar visível para causar danos.
Os raios ultravioletas atravessam nuvens, janelas e afetam a pele todos os dias, o ano inteiro", alerta Carbone, destacando que a radiação UVA, responsável pelo envelhecimento precoce e pelo aumento do risco de câncer, permanece ativa mesmo no inverno.
Como escolher o protetor solar certo?
A escolha do protetor solar ideal para o seu tipo de pele é tão importante quanto a aplicação diária.
- Protetores líquidos ou em loção: os mais indicados, servem para todos os tipos de pele, pois oferecem uma cobertura uniforme;
- Protetores em pó: ajudam a controlar a oleosidade e são úteis para reaplicações ao longo do dia, desde que um líquido ou loção tenha sido aplicado antes;
- Formato spray: prático para áreas grandes do corpo, mas requer atenção na aplicação para garantir proteção completa;
- Bastão: perfeito para retoques em áreas expostas, como nariz, orelhas e lábios.
A dermatologista também lembra que a maquiagem com FPS não substitui o protetor solar. O protetor solar deve ser a primeira camada de cuidado, seguida pela maquiagem.
Questões como quantidade do FPS (que deve ser sempre acima de 15) e indicações para tipos de pele (oleosa, mista e seca), devem ser avaliadas com o médico dermatologista em consultório.
Assista ao Videocast Saúde e Bem-Estar, do JC, sobre câncer