INVASÕES EM BRASÍLIA
BRASÍLIA HOJE: Governador do Distrito Federal, Ibanês Rocha é afastado do cargo após invasões em Brasília
O governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha foi afastado do cargo na madrugada desta segunda-feira (9), conforme decisão do ministro Alexandre de Moraes, após invasões em Brasília
Cadastrado por
Julianna Valença
Publicado em 09/01/2023 às 7:33
| Atualizado em 09/01/2023 às 10:17
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi afastado do cargo na madrugada desta segunda-feira (9), conforme decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O afastamento do governador acontece um dia após as invasões antidemocráticas em Brasília.
Veja nesta matéria:
- O QUE ESTÁ ACONTECENDO EM BRASÍLIA AGORA?
- INVASÕES EM BRASÍLIA
- QUEM É O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL
- ALEXANDRE DE MORAES
GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL
O ministro do STF decidiu afastar o governador do Distrito Federal do cargo por 90 dias.
A decisão acontece no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos acontecidos nesse domingo (8), sob pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e da Advocacia-Geral da União.
Segundo Moraes, os atos terroristas do domingo têm a anuência do governo do Distrito Federal, uma vez que os preparativos para a arruaça eram conhecidos.
“A escalada violenta dos atos criminosos resultou na invasão dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, com depredação do patrimônio público, conforme amplamente noticiado pela imprensa nacional,
circunstâncias que somente poderiam ocorrer com a anuência, e até participação efetiva, das autoridades competentes pela segurança pública e inteligência, uma vez que a organização das supostas manifestações era fato notório e sabido, que foi divulgado pela mídia brasileira", escreveu Moraes na decisão.
Cenário é de destruição após invasão de bolsonaristas em Brasília
QUEM É O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL?
Com o afastamento de Ibaneis Rocha, o governo do Distrito Federal fica a cargo da vice-governadora, Celina Leão (PP).
O QUE ESTÁ ACONTECENDO EM BRASÍLIA?
Com informações do Estadão Conteúdo
Bolsonaristas invadiram, na tarde desse domingo (8), a sede dos três Poderes da República e destruíram os prédios do Supremo Tribunal Federal, Palácio do Planalto e do Congresso Nacional.
Sem atuação ostensiva da Polícia Militar, vândalos pediram intervenção militar e a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em reação, decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.
INTERVENÇÃO FEDERAL é decretada por LULA após INVASÃO em BRASÍLIA
A passeata começou por volta das 14 horas e tinha por objetivo levar o caos para uma tomada de poder. Perto das 15 horas, o grupo desceu pelo Eixo Monumental, furou, sem resistência, o bloqueio da PM e ocupou gramado, rampas, acessos e teto do Congresso. Houve a primeira invasão, com cenas de vandalismo no Senado e na Câmara.
Em seguida, pela Praça dos Três Poderes, transformada em campo de batalha, os radicais tomaram o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). Quebraram vidraças, entraram em gabinetes e depredaram obras de arte. Houve focos de incêndio.
Os plenários de Câmara, Senado e STF foram ocupados. Exibiram como troféu a porta do armário onde fica a toga do ministro Alexandre de Moraes - visto como algoz por bolsonaristas. Tudo foi transmitido em redes sociais, ao vivo, pelos invasores.
Do lado de fora do Congresso, os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro aplaudiram PM. Transmissões ao vivo, em redes sociais, mostraram os manifestantes chamando policiais de patriotas. Nas lives, os extremistas divulgavam os atos de vandalismo.
Houve cenas de leniência de PMs, que tiraram fotos com manifestantes e compraram água de coco, enquanto o tumulto se formava.
Os atos de cunho golpista foram controlados pelas forças de segurança - PM, Polícia Civil, Força Nacional de Segurança, Polícia Federal e Polícia do Exército - cerca de três horas e meia depois.
Os bolsonaristas agrediram, ainda, policiais, que reagiram com bombas de gás, spray pimenta e cavalaria. O primeiro prédio liberado foi o do STF, depois Planalto e Congresso. Do alto, um helicóptero da PF também fazia disparos e foi usado jato d'água.
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