Interrupção de cruzeiro por covid-19 mostra fragilidade das viagens de navio

SeaDream I navegava pelo Caribe e teve que regressar antes do previsto. Tripulação e passageiros estão em quarentena
Mona Lisa Dourado
Publicado em 13/11/2020 às 10:29
SeaDream I é o primeiro navio de cruzeiro a operar no Caribe ainda na pandemia Foto: DIVULGAÇÃO


O SeaDream I, primeiro navio de cruzeiro a operar no Caribe ainda na pandemia, teve que interromper a viagem após a confirmação de que alguns passageiros estão contaminados com o novo coronavírus.

O navio da companhia de luxo SeaDreams partiu de Barbados no último dia 7 de novembro em direção às ilhas de São Vicente e Granadinas, e só tinha previsão de regresso no domingo (15).

Como parte dos protocolos anti-covid-19, a empresa realiza testes rápidos nos tripulantes e clientes antes de cada partida. Com os resultados positivos de alguns dos hóspedes, a SeaDreams ativou as medidas de resposta à emergência sanitária, avisando às autoridades de saúde locais.

Em comunicado no seu site, a empresa diz que a equipe médica do navio testou todos os trabalhadores e que 100% dos exames deram negativos. Todos os clientes também estão sendo novamente testados.

QUARENTENA

A SeaDream aguarda agora autorização do governo de Barbados para desembarcar os hóspedes com segurança. Enquanto isso, mantém em isolamento todos os passageiros e membros não essenciais da tripulação.

Após suspender as atividades em março, a SeaDreams havia retomado os cruzeiros em junho, com a temporada de verão na Noruega.

A ocorrência demonstra a fragilidade das viagens marítimas neste momento, uma vez que o ambiente confinado favorece a contaminação pelo coronavírus. Além disso, os viajantes estão sujeitos a terem os planos frustrados, com a suspensão do roteiro e a imposição de uma quarentena indesejada. Sem falar no imbróglio para as autoridades de saúde das localidades que recebem navios com pessoas contaminadas. Quem não se lembra no Recife do drama do Silver Shadow, que ficou retido por 15 dias no Porto do Recife em março e registrou a morte de pelo menos um passageiro? 

 


 

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