Uma boca que deixa qualquer um boquiaberto, inclusive Juliette Freire, que ontem pela primeira vez venceu uma prova do líder. A participante do BBB 21 mostrou a experiência no pêndulo no Parque Estadual Pedra da Boca, localizado no norte da Paraíba, bem na divisa com o Rio Grande do Norte, a 266 quilômetros do Recife. A viagem é feita em média em três horas e meia. Mas além do citado pêndulo, o local oferece outras atividades esportivas como o rapel e a “escalaminhada” (escalada misturada com caminhada). A Coluna Turismo de Valor esteve no local e conta tudo pra você (os vídeos foram gravados antes da pandemia).
“Aqui é um prato cheio pra quem gosta de esportes de aventura. É um roteiro desafiador que começa com uma escalaminhada até a enorme fenda em formato de boca, onde é feito o pêndulo, e depois termina com o rapel. Muitas pessoas não sabem a capacidade que tem. Não precisa ter um ótimo preparo físico, basta apenas ter força de vontade e querer se superar”, afirmou o dono da agência Vem de Andada Rosildo Alves. De fato, o que mais se viu foi isso: pessoas de todas as idades e perfis diferentes com o único objetivo em comum de testar seu limites e reverenciar a natureza.
De longe já se avista a tal boca na pedra que motivou a vinda de todos. O que já abre o apetite para se aventurar. A Pedra da Boca está localizada perto de uma propriedade que oferece uma certa estrutura para os turistas com bar, restaurante e banheiros. Para fazer o passeio é preciso contar com guias locais, um dos mais antigos e conhecidos é Seu Tico, de 62 anos, considerado o “guardião” do local e conhece todos os mínimos detalhes dele. Passadas todas as instruções é hora de cair de boca no passeio.
O percurso (inclusive de subida) do ponto até chegar no alto da pedra é de aproximadamente um quilômetro. Quando se chega perto da metade do trajeto tem início o que eles chamam de escalaminhada. “Nós demos esse nome porque, de fato, é uma mistura de escalada com caminhada. Tem hora que você está subindo andando mesmo na pedra e tem hora que é preciso fazer quase uma escalada com a ajuda de cordas e colocando as mãos na rocha”, explicou o guia Joenio Oliveira. Em alguns momentos o caminho fica bem ingrime, aumentando um pouco o grau de dificuldade. “O caminho até a boca já é um desafio, pra muita gente a primeira superação do passeio”, disse Joenio.
Ao chegar lá em cima claro que o principal barato é experimentar o radical pêndulo, como Juliette Freire, a nova líder do BBB 21, fez e compartilhou.
Depois de se balançar pra la e pra cá no pêndulo é a hora de fazer um outro movimento: o de descida da pedra. É aí que entra providencialmente um fácil rapel. Ele é bem oportuno porque depois de encarar a escalaminhada para subir e o vai e vem pendurado na corda o corpo naturalmente da sinais de cansaço. E aí a possibilidade de fazer um pequeno rapel de mais ou menos 45 metros de extensão e cortar uma parte da trilha de retorno ao solo é bem convidativa. Até porque o nível da atividade é bem fácil, tanto que é chamado lá de rapel escola.
Isso porque ele não é tão grande, com um grau de inclinação relativamente pequeno e feito com os pés bem apoiados na rocha. “Qualquer pessoa de qualquer idade consegue fazer tranquilamente. Pra quem nunca fez e deseja experimentar é uma outra aventura. E para os que já fazem é bom porque evita uma parte da descida a pé”, pontuou o guia Joenio Oliveira. Acompanhamos a descida da estudante paulista Juliana Santos, de São Paulo, que curtiu a experiência. “Nunca tinha feito rapel, mas vi que aqui é bem fácil e legal. Cansa menos descer pela corda e ainda por cima é divertido com um ótimo visual”, disse Juliana.