Três semanas após a reabertura das academias de ginástica e espaços similares para a prática de exercícios físicos, alguns pernambucanos já reúnem condições de avaliar como está sendo o "novo normal" no setor. Na maioria dos estabelecimentos, o número de pessoas circulando é limitado, há preocupação com a higienização dos locais e equipamentos e uso de máscara obrigatório para professores e alunos.
Para algumas pessoas acostumadas a considerar o treino como sessões diárias de relaxamento, exercitar-se acabou se tornando mais um motivo de estresse. Já outras comemoram o retorno, mesmo em meio a tantas limitações. Um dos pontos que chega a ser quase unanimidade, porém, é o desconforto com o uso da máscara durante a prática de exercícios físicos.
"Fazer musculação era a minha 'válvula de escape'. Quando chegava à academia não pensava em problema nenhum. Agora é preocupação para conseguir chegar antes do número limite de alunos por hora, com a higienização dos equipamentos pelo medo da doença (covid-19). Ainda estou ponderando. Tem dias em que vale a pena esse estresse todo, em outros não", contou a design Elba Santos, 45 anos.
Quando a rotina está muito apertada, ela opta por fazer exercícios em casa. Ou fica sem treinar.
O universitário Rodrigo Castro concorda com os inconvenientes da reabertura, mas não deixa de frequentar a sala de musculação um só dia."As pessoas não conversam mais, tem correria para treinar por causa do tempo limitado. Não gosto. A máscara limita os exercícios, mas entendo os cuidados", comentou.
A também universitária Juliana Gonçalves, 32, mostrou-se um pouco mais flexível com as mudanças. E até comemorou o retorno das academias.
"Eles fecham duas horas todos os dias só para higienização da academia e equipamentos e nós também limpamos as máquinas antes e depois do uso. Faço por mim e pelos outros. Treinar de máscara é realmente desconfortável, mas infelizmente é o que tem e temos que nos adaptar. O que não dá é ficar em casa, parada. Sedentarismo não é saúde", observou.