Eleições 2020: João promete novas ações e fortalecer o SIC

Candidato do PSB falou ao Jornal do Commercio sobre suas propostas para a Cultura
JC
Publicado em 28/11/2020 às 6:05
O candidato João Campos (PSB) durante debate realizado pela TV Jornal Foto: YACY RIBEIRO/JC IMAGEM


Qual o lugar da Cultura numa cidade tão rica de manifestações e de tão intensa produção artística como o Recife? Que importância tem num plano de governo? Quais são as demandas da classe artística e dos produtores, bem como dos equipamentos culturais? Como será a retomada após a pandemia? Que incentivos serão dados? O que pensam o socialista João Campos e a petista Marília Arraes, que disputam amanhã o segundo turno da eleição que definirá o futuro prefeito da capital pernambucana sobre esses temas importantes, mas que não figuraram entre os principais assuntos de debate na campanha?

Na reta final da campanha para o segundo turno das eleições municipais, amanhã, entre a petista Marília Arraes e o socialista João Campos, primo em segundo grau, todas as energias dos candidatos estão concentradas no corpo a corpo da campanha de ruas, após a participação nos debates de televisão, em busca dos votos dos eleitores indecisos do Recife. Numa disputa acirrada como esta, mais uma vez, sem fugir à regra, a Cultura não figurou entre as questões centrais das discussões, mesmo com sua importância para o cotidiano da capital pernambucana, qualquer que seja o ângulo que se veja: da identidade dos cidadãos e da cultura da não violência à geração de renda e inclusão social, da formação profissional à indução da cadeia do turismo.

Com a classe artística e de produtores praticamente sem trabalhar por causa da pandemia do novo coronavírus, e sem ter ainda em mãos os benefícios da Lei Aldir Blanc, criada para garantir uma renda emergencial para trabalhadores da Cultura e manutenção dos espaços culturais, muitos são os questionamentos que eles têm aos candidatos.

Alguns dos principais atores da cena recifense foram ouvidos pelo Jornal do Commercio e formularam perguntas que foram enviadas ao mesmo tempo às assessorias das campanhas de Marília e João. Elas foram respondidas na medida do possível, segundo os assessores, entre um compromisso e outro de campanha.

O socialista, do mesmo partido do atual prefeito Geraldo Julio, que encerra seu mandado de oito anos, respondeu de uma forma genérica, conjunta e sucinta às perguntas, sem se deter em nenhuma delas. A petista, que tenta trazer de volta o partido que comandou a capital por 12 anos, respondeu, por sua vez,
as perguntas de forma agrupada.

Confira a resposta do candidato:

“A cultura é um instrumento de transformação social, é também a nossa identidade, legitima o que somos e a nossa história e tradição. É por isso que fizemos um planejamento de ações que incluem o Chama Cultura, por exemplo. Vamos entrar em contato com os diversos segmentos culturais para discutir, combinar as ações e alinhar os passos a serem dados. Vamos também construir um calendário de eventos e atrações que vá além dos ciclos festivos, como é o Carnaval ou o São João. Dentro de nossas propostas, teremos também o fortalecimento do Sistema de Incentivo à Cultura, para valorizar os atores locais, e os Arrecifes Culturais, um plano para fomentar a cultura. Por fim, entre outras ações não menos importantes, e entendendo que a cultura nos leva a conhecer a nossa história, e que conhecendo a nossa história, podemos projetar o nosso futuro, vamos instituir o Marco Regulatório da Cultura”, afirmou o candidato do PSB.

Em seu programa de governo, no exio III, ele destaca ainda: “Nas artes cênicas e audiovisuais, música, dança, games, turismo criativo, no movimento maker, articulados com outras atividades lastreadas em tecnologia da informação e comunicação. Em escalas locais e globais. As principais ferramentas de fomento, como acesso ao crédito, formação e capacitação e recursos tecnológicos, não podem conviver com excesso de regulamentações, restrições e burocracia”.

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