E se você tivesse o dom de ficar invisível quando quisesse? O que parece ser praticamente impossível na vida real se concretiza na ficção através da série original italiana Zero, lançada há pouco mais de uma semana na Netflix, e que já ocupou o Top 10 das produtos mais vistos no Brasil pela plataforma.
>> Marcos Mion acerta contrato com a Netflix
>> Disney+ e Netflix lançam séries especiais para celebrar o Dia da Terra
>> Netflix anuncia produções originais brasileiras previstas para 2021
Inspirada no livro Non Ho Mai Avuto La Mia Età, de Antonio Dikele Distefano, a trama juvenil de oito episódios conta a história de Omar (Giuseppe Dave Seke), um garoto tímido com um superpoder extraordinário: se tornar invisível. Ele não é um super-herói, mas sim um herói moderno que descobre seus poderes quando Barrio, o subúrbio de Milão de onde sempre quis fugir, é ameaçado.
Mesmo sem querer, Zero precisa aprender a se comportar como herói. Nessa aventura, ele acaba fazendo amizade com Sharif (Haroun Fall), Inno (Madior Fall), Momo (Richard Dylan Magon) e Sara (Daniela Scattolin), e até descobre o amor através de Anna (Beatrice Grannò).
Com direção de Paola Randi, Ivan Silvestrini, Margherita Ferri e Mohamed Hossameldin, Zero chama a atenção do público por dar destaque ao lado periférico da Itália. Jogando luz na parte suburbana de Milão, a série revela um mundo complexo e variado de culturas com pouca representatividade, com contribuições significativas do cenário do rap.
Zero também tem uma narrativa ágil, já que os episódios têm pouco menos de 30 minutos cada e facilita a vida do espectador que gosta de "maratonar" séries.
Com uma história que mistura inocência, violência, espiritualidade, especulação imobiliária e dramas familiares, a produção italiana tem uma história relativamente previsível, com um final cheio de ganchos para uma continuação. Mas também cativa o público ao trazer uma nova perspectiva para as histórias de super-heróis ao mostrar que eles podem surgir, inclusive, de lugares menos favorecidos.