A atriz Fernanda Torres foi acusada, nesta sexta-feira (11), pela colunista Fábia Oliveira, do jornal O Dia, de estar sendo seletiva com relação à vacina contra a covid-19. De acordo com o jornal, a filha de Fernanda Montenegro esteve em um posto de saúde na Zona Sul do Rio de Janeiro em busca da vacinação, mas teria ficado com medo dos "efeitos colaterais", caso se vacinasse com a AstraZeneca. Por conta disso, segundo Fábia, a atriz teria buscado outro local de vacinação.
No entanto, a equipe de comunicação da atriz explicou que Fernanda Torres está, sim, preocupada as reações, mas o motivo é seu histórico familiar com casos de trombose. Por causa disso, a atriz declarou que vai estudar com seu médico qual vacina contra covid-19 irá tomar.
"Fernanda Torres aguardou chegar a hora dela de vacinar. Hoje fez uma pesquisa e constatou que temos no Rio AstraZeneca. Na segunda-feira, Fernanda conversará com o médico dela", diz a nota da equipe da atriz.
Fernanda Torres já foi contaminada pelo novo coronavírus em 2020. Vale ressaltar que as autoridades de saúde do Brasil insistem para que as pessoas não escolham qual vacina tomar e cofiem em todos imunizante autorizados no País.
As reações causada pela vacina AstraZeneca têm sido alvos de memes e brincadeiras nas redes sociais: "Tomei Astrazeneca, ela te imuniza a pauladas", escreveu um internauta que tomou a primeira dose. Febre, dores no corpo e no local da aplicação são os sintomas mais comuns após aplicação.
Há relação entre a AstraZeneca e casos de trombose?
Em abril, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) publicou um relatório que confirma uma relação entre a vacina Vaxzevria, de AstraZeneca e Universidade de Oxford, e o risco de trombose. A descoberta causou burburinho, mas, segundo dados da própria instituição, houve apenas 222 notificações de trombose no cérebro ou no abdômen num universo de 34 milhões de pessoas vacinadas. O que significa, portanto, que 0,0006% dos imunizados tiveram o efeito colateral.
A infectologista Vera Magalhães esclareceu que a covid-19 é uma doença que por si só pode causar a trombose, e que a baixa frequência de casos em imunizados é semelhante, inclusive, à de jovens mulheres que tomam anticoncepcional. “O que temos que analisar é a gravidade da covid. É melhor tomar a vacina mesmo com o risco raríssimo de desenvolver um efeito adverso mais grave”, disse.
Os raros fenômenos tromboembólicos poderiam acontecer, segundo a infectologista, no 7º ou 8º dia após a imunização. “Se sentir efeitos adversos graves, dor de cabeça muito forte ou dor abdominal, deve-se procurar um hospital”, orientou.