Ocupando o primeiro lugar entre os 10 títulos mais vistos na Netflix Brasil nos últimos dias, a série original Sex/Life tem mexido com o público da plataforma de streaming desde que estreou na última quinta-feira (25). Tudo porque a produção norte-americana leva o espectador a embarcar no dilema vivido por Billie Connelly (Sarah Shahi): O que mais vale a pena numa relação a dois? O amor ou o sexo?
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Inspirado no livro 44 Chapters About 4 Men de B.B. Easton (2016), e apresentada em oito episódios, Sex/Life traz a história de um inusitado triângulo amoroso entre uma mulher, seu passado e seu marido, lançando um novo olhar sobre o desejo feminino, principalmente em seu bastidor, já que a série é criada, escrita e dirigida por mulheres, o que afeta positivamente em todo o seu desenvolvimento.
Nos primeiros episódios, já percebemos que a protagonista está longe de ser apenas uma mulher "bela, recatada e do lar". Antes de se envolver com o carinhoso Cooper (Mike Vogel) e viver em Connecticut, Billie morava em Nova York com a melhor amiga Sasha (Margaret Odette), trabalhando muito e se divertindo mais ainda. Porém, cansada de tomar conta dos filhos pequenos e movida pela nostalgia, Billie escreve um diário e fantasia sobre a tórrida paixão que viveu com o ex-namorado Brad (Adam Demos), que ela nunca superou.
Para os mais afobados que se deixam levar pelo título, e apesar da classificação indicativa ser 18 anos, é bom deixar claro que Sex/Life não se apresenta como uma série "depravada", com cenas tórridas e gratuitas de sexo a la Cinquenta Tons de Cinza ou o recente filme 365 Dias, também da Netflix. Há um drama em volta de cada cena íntima e explícita, e às vezes, sequências até que beiram a comédia.
No material de divulgação, a criadora de Sex/Life, Stacy Rukeyser, deu mais detalhes sobre a gênese da produção: "O motivo principal pelo qual criei a série foi para mergulhar na complexidade de ser mulher. Eu sinto a história da Billie como algo muito pessoal. Por muito tempo, fui uma mulher solteira que curtia baladas. Então, quando me casei e tive filhos, também passei noites acordada em uma poltrona de amamentação, como a Billie, pensando: 'Quem eu sou agora?'. A série é também um estudo dos relacionamentos, especialmente o casamento".
Sarah Shahi, que interpreta a protagonista na medida certa de drama, comédia e tesão — junto com a ótima Margaret Odette, na pele da amiga Sasha Snow — destaca sua afinidade com os dilemas de sua personagem. "Passei os últimos dez anos me preparando para este papel. Eu me casei e tive filhos razoavelmente cedo, então realmente senti essa tensão entre quem eu era e quem sou agora. Tendo filhos ou não, quando nós, mulheres, chegamos a uma certa idade, é como se tivéssemos que esquecer como éramos. Temos que esquecer o passado e amadurecer", declara a atriz.