No ar desde agosto na Netflix, a minissérie AlRawabi School For Girls é um dos achados da plataforma de streaming. A produção árabe criada e dirigida por Tima Shomali possui seis episódios e introduz o público a uma nova cultura, além de explorar as consequências do bullying: um problema inerente nas escolas de qualquer lugar do mundo.
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Escrita por Tima Shomali, Shirin Kamal e Islam Alshomali, o drama jordaniano nos leva a um colégio de ensino médio só para meninas. Lá, conhecemos Mariam (Andria Tayeh), Noaf (Rakeen Sa'ad) e Dina (Yara Mustafa), que são alvos constantes de bullyings gratuitos do trio popular da instituição formado por Layan (Noor Taher), Rania (Joanna Arida) e Ruqayya (Salsabiela). Logo no primeiro episódio, Mariam é alvo de uma agressão séria que move toda a história da temporada, que culmina num desejo de vingança da vítima.
E é a partir dessa vontade de Mariam que a minissérie busca fazer o espectador refletir se vale a pena a premissa do "olho por olho, dente por dente". Ao passo que as "rejeitadas" avançam nos planos de humilhar as "garotas malvadas", uma a uma, o resultado de seus atos também são elevados. Por se tratar de uma série ambientada no oriente médio, humilhações por "foto de cabelos soltos, sem burca" e até mesmo uma possível perda de virgindade (ou "da honra") chegam até as últimas consequências, com direito a um gancho forte e bastante misterioso no último episódio para uma possível continuidade da minissérie.
Ao introduzir essa nova etnia nas produções adolescentes, e com todas as limitações que a cultura árabe pareça ter, por exemplo, em relação ao mundo ocidental, AlRawabi School For Girls agrada por ter ritmo, uma história bem desenvolvida, além de um tema pertinente para ser debatido e que, infelizmente, parece estar longe de uma solução.