Após o presidente Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, defender a mudança no nome da instituição para Fundação Princesa Isabel e usar uma fotos de artistas e personalidades públicas, para criticar, no Twitter, o movimento "Imagine a dor, adivinhe a cor", contra violência policial, a atriz Zezé Motta usou as redes sociais para responder a Camargo.
Na tarde da última segunda-feira (15), o presidente da Fundação Palmares afirmou que "não existe nenhuma dor (angústia) exclusiva e específica dos negros por causa da cor de pele. Quem acredita nisso é racista ou um completo imbecil.”
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Atacada — junto com o cantor Djavan, chamado de ‘pretos vergonhosos’ — nas publicações de Sérgio, que se autodenomina 'preto de direita, antivitimista, Zezé Motta afirmou que, são os 'pretos vergonhosos', como chamados pelo presidente, que lutam todos os dias para que a Fundação Palmares continue com a filosofia, ideologia e a linha de ação política.
"Temos sim, uma dor ancestral, uma luta que, pelo visto, não vai acabar tão cedo, devido à 'contribuição nefasta' de certos tipos, que só contribuem para um retrocesso que só interessa ao jogo da podridão que só favorece aos jogos de interesses que são contra o avanço e o esclarecimento do nosso povo.", escreveu Zezé Motta em suas redes sociais.
Mais ataques
Depois da resposta de Zezé Motta e da indignação com as falas na redes sociais, Sérgio Camargo ainda fez outros posts sobre o mesmo assunto. Em uma publicação, compartilhou uma foto de Caetano Veloso, também usando a camiseta da campanha, e disse que não veio ao mundo para ser "escravo mental do Caetano", a quem chamou de "falso grande artista" e "babaca".
Sérgio Camargo ainda chamou o Dia da Consciência Negra, celebrado no próximo sábado (20/11), de "dia da consciência vitimista negra". O presidente da instituição ainda compartilhou um trecho de uma reportagem que lembrava críticas de Zezé Motta a ele.