O cantor mexicano Vicente Fernández, astro da música latina, morreu neste domingo (12) aos 81 anos na cidade de Guadalajara, após ficar internado por quase cinco meses por uma queda em sua fazenda, informou a família. "Lamentamos comunicar sua morte no dia de domingo 12 de dezembro às 06h15 am (09h15 no horário de Brasília)", escreveu a família na conta oficial do ídolo no Instagram."
"Foi uma honra e um grande orgulho compartilhar com todos uma grande trajetória da música e ter dado tudo pelo seu público. Obrigado por continuar aplaudindo, obrigado por continuar cantando", acrescenta a mensagem. A saúde de "Chente", como era popularmente conhecido, havia piorado nos últimos dias. No sábado, a família disse em um comunicado que sua condição era "crítica", com problemas pulmonares agravados e que permanecia sedado em cuidados intensivos.
Nascido em 17 de fevereiro de 1940 em Huentitán el Alto (Jalisco), de pai fazendeiro e mãe dona de casa, Fernández fez parte da memória coletiva mexicana com canções como "Por tu maldito amor" e "Volver, volver".
Em mais de cinco décadas de carreira, sua música acompanhou várias gerações dentro e fora do México em todos os tipos de festas. Durante esse tempo também ganhou vários prêmios e reconhecimentos, incluindo três Grammys e nove Latin Grammys. A onda de mensagens de condolências pela morte do ídolo uniu tanto políticos quanto pessoas da cultura e do entretenimento do México e da América Latina."
Jalisco e o México estão de luto. A lenda que, com seu talento, deu voz aos sentimentos de milhões em todo o mundo nos deixa como um dos maiores ícones da música e da mexicanidade", escreveu no Twitter o governador de Jalisco, Enrique Alfaro.
"Meus mais sinceros pêsames a Gerardo Fernández, irmãos, familiares e amigos pelo falecimento de Don Vicente Fernández, grande figura da música mexicana e enorme personalidade contemporânea", disse nessa mesma rede o chanceler do México, Marcelo Ebrard. Vendeu mais de 70 milhões de cópias de uma vasta discografia composta por cerca de 80 álbuns e participou de quase trinta filmes. Sua longa lista de sucessos inclui uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood. Pela sua voz majestosa, o jornal americano The Houston Chronicle o nomeou em 1991 como "o Sinatra da música 'rancheira'".
"No dia em que eu deixar de ouvir aplausos, nesse dia morrerei de tristeza", disse o astro em fevereiro de 2009, durante um show no Zócalo da Cidade do México, a praça pública mais importante do país.