O estado de Pernambuco pagará na próxima segunda-feira (11) o Auxílio Emergencial do Carnaval 2022 aos artistas que se inscreveram no edital - aberto entre 24 de fevereiro e 18 de março. Ao todo, o benefício contemplará 668 artistas, grupos e agremiações que trabalharam nos carnavais de 2018, 2019 ou 2020.
De acordo com o Governo de Pernambuco, serão alcançados 17.592 profissionais da cultura. Os valores definidos para cada beneficiado equivalem a 80% do último cachê pago pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe)/Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), tendo ainda piso de R$ 3 mil e teto de R$ 30 mil.
As inscrições foram divididas em três categorias: Cultura Popular (309), Dança (12) e Música (347). Já em relação às macrorregiões do Estado, foram 51 inscrições do Agreste; 425 da Região Metropolitana do Recife; 34 do Sertão; e 158 da Zona da Mata.
"Serão mais de R$ 5,6 milhões reais repassados aos beneficiados, já a partir da próxima segunda-feira. Valorizar nossos artistas e preservar a nossa cultura são ações prioritárias da nossa gestão", assegurou Paulo Câmara, durante o anúncio, realizado nesta quarta-feira (7).
Entre os contemplados estão os segmentos dos afoxés, blocos líricos, bois, caboclinhos, cavalos marinhos, cirandas, clubes de alegorias, grupos de coco, escolas de samba, maracatus, orquestras de frevo, tribos, troças, ursos, entre outros ligados à cultura popular.
Mudanças em 2022
O auxílio emergencial de 2022 passou por algumas alterações em relação ao ano de 2021, quando o pagamento foi realizado pela primeira vez. Antes, foram contemplados apenas os trabalhadores da cultura de 2019 e 2020, com valores correspondentes a 60% dos cachês. A verba destinada por parte do governo era de R$ 3 milhões. Neste ano, também foram atendidos artistas e grupos que trabalham com MPB, pagode, brega e pop regional.
Recife e Olinda
Já no Recife, serão pagos R$ 10 milhões em verbas, com 100% dos cachês e teto de R$ 60 mil. Na categoria de beneficiários individuais, como técnicos e artesãos, será pago um valor fixo de R$ 1,2 mil. Na cidade de Olinda, os valores são menores: até 35% do cachê de 2020, com limite máximo de R$ 10 mil.
Controvérsias na cultura popular
Em fevereiro, lideranças de associações da cultura popular afirmaram ao JC que a questão do pagamento é bem mais complexa, principalmente ao lidar com grupos numerosos, a exemplo do afoxé e do maracatu. No Carnaval, muitos grupos realizam várias apresentações que, no final das contas, geram uma receita relevante. Apenas um percentual do cachê, no entanto, seria irrisório para contemplar essas agremiações. Confira a reportagem sobre o tema.