Alagoano de Penedo e radicado no Recife desde 1971, o poeta, ensaísta e imortal da Academia Pernambucana de Letras Ângelo Monteiro lança o livro de poesias Entre as Ondas, publicado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). A obra conclui-se como uma celebração à vitalidade do autor (e de sua poesia), que no próximo dia 21 completará 80 anos de vida.
"Em seu novo livro, Ângelo Monteiro continua o caminhar por uma poesia reflexiva, em que a filosofia é indissociável da estética", comenta o editor da Cepe, Diogo Guedes, no material de divulgação de Entre as Ondas (R$ 25, impresso, e R$ 10, e-book), que será lançado nesta quinta-feira (16), às 19h, na Academia Pernambucana de Letras (Avenida Rui Barbosa, 1596, Graças).
Ângelo Monteiro não lançava uma obra havia cinco anos. A anterior fora publicada, também pela Cepe Editora, em 2017: "O Inquisidor e as Lições de Passagem", um dos títulos da Coleção Poemas.
Com dezenas de livros publicados, Ângelo Monteiro é integrante da chamada Geração 65 — da qual também fizeram parte nomes como Jaci Bezerra (1944-2020), Alberto da Cunha Melo (1942-2007), Marcus Accioly (1943-2017) e Lucila Nogueira (1950-2016) — e costuma discorrer sobre o sentido da vida.
Sua poesia é considerada uma das mais enigmáticas do contemporâneo. "Se a própria vida é um enigma, toda poesia tem uma relação natural com essa natureza enigmática", reflete.
Para o poeta, "a Geração de 65 não passa, em outros termos, da Geração 60 no resto do País. Pois foi o geógrafo alagoano Tadeu Rocha que deu nota bastante particular a essa geração, ao batizá-la assim".